Na manhã dessa quarta tive dois papos interessantes. Fui visitar os amigos de longa data Waldecy Bortolotti e Jocafe (João Carlos Ferreira – diretor deste jornal). Trocamos boas figurinhas.
O Waldecy está no manche da Saev e o João Carlos cuidando do jornal, os dois enfrentando épocas diferentes, tanto na administração pública, como na iniciativa privada. Felizmente o papo foi bom, muito bom.
Do Waldecy extrai que o avô dele, José Bortolotti, chegou por aqui (Votuporanga) ainda em 1937. Veio com a filharada, lá de Ibirá, comprou um sítio ali pelos lados da rua dos Catequistas e foi tocando a vida. Esse sítio, posteriormente, pertenceu a um pessoal de Ribeirão Preto, e o Felicinho (meu pai) comprou-o, e foi por lá que fez aquela piscina no meio da mata.
Já em 1944, o Pedro Bortolotti, filho do Sr. José e pai do Waldecy, montou uma venda na esquina da Ivaí com a Itacolomi, praticamente no meio do mato. Foi ali que o Waldecy começou encostar o umbigo no balcão. Na frente havia o esboço da Praça São Bento, eu disse esboço. Conheci muito esse lugar, tinha até um algodoal por lá. Depois o Sr. Pedro foi cuidar de outras coisas, não sem antes levar uma chumbada no olho disparada por uma arma num circo; essa arma deveria conter pólvora seca e por descuido de alguém “chumbou” algumas pessoas. A família Bortolotti sempre participou dos esforços de nossa terra. Em tempo, o Waldecy é mais novinho do que a chegada do avô por aqui.
O Jocafe fica fazendo o Anote Aí do jornal e, de vez em quando, coloca umas “pérolas”, cutuca os amigos, provoca lembranças, gosta de cutucar o Dalvo (ex-prefeito).
Vejam só essa: muito novo ainda acompanhei bastante o Dalvo em certas incursões na capital paulista. Certa feita, o garoto aqui, casadinho de novo e com a matriz a tiracolo, foi convidado pelo Dalvo para um jantar no, aquele tempo, famoso Rubayat. O Prefeito levou ali um secretário e a conta sobrou para o articulista. O Dalvo não gastava nem sola de sapato, um prefeito “mâo de vaca”.
Numa outra o Dalvo, aproveitando-se de minha condição de vereador, me fez ir a Novo Horizonte, com meu automóvel e minha gasolina, levar o presidente da Câmara, o Sr. Azis José Abdo (sogro do prefeito) para cuidarmos de um assunto delicado referente a uma escola. Não deu o dinheiro nem para os sanduiches que comemos na estrada. Pois é, o Jocafe provocou e soltei o serviço. Ruim mesmo é o que acontece no Brasil por essas épocas. Agora, parece, o poder poderá se deslocar para o Rio de Janeiro. Sabe-se lá o que pode acontecer.
Semana passada comentei sobre a briga de quadrilhas no cenário nacional e, se não forem quadrilhas, são grupos de interesse. Onde vamos parar com essa balburdia toda?
Tenho percebido que muitos articulistas, muito bem informados e instalados, estão perdendo a paciência com os fatos. Daqui a pouco vai ter colunista soltando palavrões e, pior, de minha parte chego pensar que muitos “Deuses do Olimpo Político Brasiliense” merecem.
Para minha satisfação li no noticiário que o novo presidente da França está propondo uma reforma política naquela nação, diminuindo o número de parlamentares e limitando reeleições. Será que o cara leu algum de meus artigos? Pode rir... porque se o mesmo não leu, pelo menos tem o bom senso e a boa vontade de fazer a política se movimentar melhor. Se a França é um exemplo para todo o mundo, devemos torcer para que encontre novos caminhos, que possam ser copiados.
E, no domingo, dia 9, vem a comemoração da Revolução Constitucionalista empreendida pelos Paulistas. Meu pai, que participou da luta aos 22 anos de idade, sempre sentiu muito orgulho do feito. As pessoas tiveram de pegar em armas, muitos morreram. Hoje, no Brasil atual, não existe a necessidade de lutas armadas, porém, uma mudança de costumes políticos poderia acontecer, de forma pacifica, ou simplesmente os eleitores não votando mais nesse time que tem feito tanto mal ao país e sua população. Vamos, desde já, começar a jogar agua nesse braseiro, vamos fazer o país mudar de forma educada, sem brigas, porém, dispensando os tais grupinhos, em todos os níveis.
Faço o artigo na quarta, envio na quinta, e deu tempo, na quinta, para ver que o Jocafe provocou sobre a tal mala. Tá preocupado com uma mala, a primeira, e as outras? Não é uma por semana por vinte anos?