Você deixaria seu filho não fazer uma faculdade? Apoiaria ele na decisão de ser um voluntário independente?
Foi isso que fez Kety Shapazian, 50 anos, jornalista e moradora da cidade de São Paulo.
Ela e sua filha Gabriela Shapazian trabalham na crise dos refugiados, uma das maiores tragédias dos nosso dias. Tive o prazer de conhecê-las e gentilmente elas dividiram conosco um pouco desta linda história.
Em 2015, Kety estava desesperada com a situação dos refugiados, reclamando, impactada e chorando, quando a filha Gabi falou: ao invés de ficar chorando por que você não vai lá e ajuda as pessoas? E assim elas fizeram, passando 45 dias em Lesvos, ilha grega, trabalhando como voluntárias.
Na época ao ajudar os refugiados, ver algumas pessoas morrerem e outras felizes por estarem vivas, Kety percebeu que a missão era da filha e não dela. Voltaram ao Brasil e criaram o projeto Flores para os refugiados, no qual vendem flores para arrecadar dinheiro para que a Gabi possa se manter em sua missão.
Kety diz que criou a filha para o Mundo, mas que é difícil quando você cria e a filha decide bater asas, fazer coisas coisas maravilhosas aos 16 anos. A mãe, então, tinha duas opções claras: ou cortava as asas dela ou a empoderava e dava apoio. Ela ficou com a segunda opção. Mesmo hoje, separadas por 13 000 km de distância, traz o apoio que a filha precisa para trabalhar e ajudar.
Kety e Gabi têm uma relação bela, são companheiras e cúmplices. A mãe diz que seguiu a sua fórmula, que não é a do amor incondicional, como escutamos, pois se a filha fizer algo que ela não concorde, vai brigar com ela. O conselho que ela deixa para os pais é que sejam amigos dos filhos, porém mantendo a disciplina que eles precisam. O filho precisa respeitar, escutar e amar os pais, isso é muito importante. Escute seu filho, as vezes o caminho que ele quer trilhar é algo fora da caixa, e ele precisa de você. Se você não der apoio, com certeza ele vai procurar em outro lugar e esse poderá não ser o melhor.
Gabriela tão jovem, consegue escutar a tragédia de cada um, e tem força o suficiente para dar amor em troca, é sua missão. Diz que conheceu em Lesvos as pessoas mais incríveis da sua vida. Já passou mais de seis meses trabalhando como voluntária independente da crise dos refugiados na Grécia e na Sérvia, e hoje está de volta ao seu trabalho e irá passar um ano entre a Grécia, Turquia e Líbano.
Não fará faculdade agora e está tudo bem. Já palestrou em grandes eventos e em faculdades como a FGV.
Gabriela diz que o jovem deve acreditar nele e seguir os seus sonhos.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Você que está pai ou mãe, é amigo do seu filho? Se ele é um criança ou um jovem, você tem mantido a disciplina que ele precisa?
Escute o seu filho, acredite no seu filho, ame o seu filho. Esteja presente em todos os momentos, mesmo separados pela distância física. Ajude-o a descobrir o seu caminho, a sua essência, a ser quem ele quiser e a seguir os seus sonhos. Porque com certeza você quer vê-lo ser feliz e vencer na vida.
Como dizia Will Rogers, que foi um famoso ator e comediante norte-americano "Se você quer vencer na vida, é muito fácil: conheça o que faz, ame o que faz, e acredite no que faz".
Liberte-se das caixinhas impostas pela sociedade e deixe o seu filho voar, pois queremos o eu melhor, as pessoas à nossa volta melhor, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +
Para aqueles que quiserem conhecer mais dessa linda história:
https://www.facebook.com/floresparaosrefugiados/
Visite também o canal no Youtube "Grazi Cavenaghi" e assista a entrevista com essa família.