O Brasil tem de festejar o lançamento do 1º edital do Instituto Serrapilheira para estímulo à pesquisa científica. O intuito é estimular os cientistas brasileiros a buscar respostas às grandes perguntas de nosso tempo. Foram escolhidos sete grandes temas: energia, espaço, forma, identidade, informação, matéria e tempo.
As áreas que serão financiadas: ciência da computação, ciências da terra, ciências da vida, engenharias, física, matemática e química. Nenhuma das áreas está necessariamente ligada a um tema específico. Depende da criatividade do pesquisador estabelecer uma relação entre os objetos de estudo e os temas.
Podem se inscrever os pesquisadores que obtiveram título de doutorado a partir de 2007. Mulheres com filhos terão um ano a mais para cada filho, até dois. Todos devem estar vinculados a instituições brasileiras.
Serão escolhidos inicialmente 70 projetos, os quais receberão até R$ 100 mil. Depois de um ano, de 10 a 20 projetos dentre os 70 iniciais serão contemplados com aportes de até R$ 1 milhão para 3 anos de pesquisa.
É coisa extremamente rara que o Brasil financie pesquisa. Embora o discurso retórico seja edificante – a universidade se apoia sobre três pilares: ensino, pesquisa e extensão – a pesquisa é pobre. Graças ao casal Branca Vianna e João Moreira Salles, o Serrapilheira reduz a distância entre nosso País e o Primeiro Mundo.
Agora é hora de chamar todos esses pesquisadores anônimos que, em seus laboratórios, permanecem a estudar e a propor soluções para infinitos problemas humanos e fazê-los se interessar por esse projeto que poderá gerar incontáveis benefícios para a ciência no Brasil.
A escola pública fica mais esperançosa de que o ensino e o aprendizado científico obtenha seu “lugar ao sol”, pois nesta área poderíamos superar o atraso e acertar o passo com a contemporaneidade, mediante oferta de perspectivas insuspeitas para o amanhã de nossa infância/juventude.