Muitos comentamos e a Reforma Política está em andamento no Congresso Nacional. Semana passada classifiquei, o que estava lendo por aí, como gambiarra. Que me desculpem os leitores, errei o termo, não é gambiarra não, é safadeza mesmo. Se algum dos protagonistas dessa imundice se doer, que faça um artigo explicando o que está acontecendo e provando onde estão os pontos “bacanas” das propostas.
Com raríssimas exceções, e bota raro nisto, a classe política nacional, de municípios à Federação perdeu o senso de humanidade, como diz o caboclo “perdeu as estribeiras”. Só pensam em seus interesses particulares, juntam-se em grupos, dominam os poderes, se entendem donos da verdade, e quando podem, compram tudo e todos. A continuar assim sem que o povo, sei lá como, dê um basta, desde municípios até a Federação, tudo será pertencente a donos, isto mesmo donos. É ruim demais, mas está acontecendo.
Em outras circunstancias, as vaidades de certos líderes provocam a desesperança. Para posarem de mocinhos e cuidarem de seus parceiros, atropelam a decência, perdem o bom senso, mentem descaradamente e, quando não, constroem ingratidões, ferem até companheiros de jornadas. É, como se diz por aí, o suprassumo da cafajestada. Duvidam? Procurem que acham!
Será que vai aparecer alguém que possa transmitir confiança para as eleições do próximo ano? Churchill, quando assumiu na Inglaterra, no século passado, discursou dizendo que só poderia oferecer: sangue, suor e lagrimas. Foi corajoso, o momento era difícil para aquele povo. Aqui, se os céus ajudarem, não precisa sangue nem lagrimas, basta apenas suor e muita seriedade, aliadas a paciência. Mas quem desses que se propõem para as eleições vai falar isto ao povo? E coragem para tanto? E será que os grupinhos e apaniguados permitem?
Agora, também, lá no Congresso, estão propondo o tal de distritão, os mais votados se elegem e, com isso, os partidos, já desfigurados, vão ficar pior ainda. Os “macacos velhos” donos de currais eleitorais vão se reeleger, outras figuras populares e muito conhecidas vão, também, levar vantagem e o Congresso não vai surpreender em nada, o sacrifício nacional vai ser prolongado. Muitas regiões perderão seus representantes e muitos benefícios deixarão de ir para esses lugares, os grandes centros, com muitos votos, vão dominar os orçamentos. Para as próximas eleições, o próprio povo vai ter de fazer uma espécie de voto distrital, desde que os representantes da região não sejam figurinhas carimbadas. Se as propostas colocadas passarem, o negócio é esperar para ver. Tudo isso que está acontecendo em nosso meio político é desalentador. Adiaram a votação para escolher qual bode tirar da sala, mas muitos poderão ficar.
Não bastasse nossos problemas, existem os internacionais. Figuras caricatas cheias de poder, alguns donos de pedaços, ficam falando bobagens, cada um querendo ser mais “infeliz” que os outros. Vai que alguém cometa um desatino, pronto, o sofrimento geral será dolorido. O articulista não torce para ninguém, apenas espera que o bom senso, ou o medo, prevaleçam. E, penso, não devemos admirar ninguém aqui do Brasil que fica torcendo por algum “doidinho”. Disputas de poder mundial não é um Fla-Flu, nem Corinthians e Palmeiras, o negócio é fogo, e fogo queima.
Que pena estar escrevendo sobre essas situações, gostaria, isto sim, de estar comemorando melhorias no bem-estar do povo brasileiro, de poder visualizar dias bem amenos para essas crianças e jovens que estão se inserindo na vida e no trabalho por esses tempos. Que isto aconteça e que a moçada de Votuporanga possa usufruir com tranquilidade das escolas que lhes são oferecidas. Todas pessoas possuem o direito de ter esperanças.