Em 24 de agosto de 1954 fomos dispensados da sala de aula (no quarto ano ginasial) porque o presidente da República havia se suicidado (Getúlio Vargas). Hoje, 25, é Dia do Soldado, historicamente conhecidos como defensores da pátria. Parabéns a esses guardiões.
A novela da reforma política, até essa quarta que escrevo, não havia terminado. As propostas são tão absurdas que nem os próprios deputados e senadores conseguem algum acordo. Cada vez inventam mais gambiarras, cada uma pior que a outra. Perderam a compostura por completo, estão desesperados com o próprio futuro.
Já tem muito tempo que tenho vontade de lançar uma campanha, nos seguintes moldes: se o cara já for deputado federal ou senador não vote. É uma forma de reformar todo o Congresso, melhor, talvez, que uma reforma política mal intencionada. Já pensou esses caras sem mandato e sem o tal de foro privilegiado? Vai ser muito divertido. E, se os novos, também, não derem conta do recado, que sejam ignorados em outras eleições. Sei lá, com os currais que existem pelo país, com os “donos de pedaço” imperando, vai ser muito difícil isto acontecer e, portanto, não deixa de ser uma utopia. É possível que essa proposta já nasça derrotada, mesmo porque o cordão dos puxa sacos e dos caras que fazem parte da “turminha dos benefícios” vão desqualificá-la.
O caso do Getúlio Vargas, que escrevi acima, foi muito interessante. Uma das melhores explicações que ouvi através dos anos é que o homem tirou a vida por vergonha, por amor próprio. Coisas do passado, hoje tiram o leite da boca das criancinhas para se safarem. Sei lá, não vou ficar fazendo análise de história.
Felizmente nosso povo nunca passou pelos horrores de uma guerra, à exemplo dos povos da Europa e todos os outros que assistimos pelo noticiário constantemente. O desabastecimento aqui no Brasil nunca foi cruel, apenas durante a segunda guerra havia os tais racionamentos, de sal, açúcar e outros itens. O que se vê da Venezuela é uma calamidade. Muitos que emigraram para cá, desde árabes, espanhóis, italianos, etc. são para fugir da falta de esperança naqueles países. Alguns, também, vieram para aproveitar as oportunidades do tal do novo mundo, sem dúvida.
Nós, os brasileiros, precisamos saber separar o bom do ruim, precisamos começar a aprender que dirigentes, desde municípios até a nação, precisam ser pessoas bem intencionadas. É um caminho difícil, porém possível, basta começar, e, também, é preciso muita paciência. Não podemos ficar acreditando em discursos mirabolantes, em mágicos de economia, pois nesse negócio (economia) não existe mágica, existe realidade. Se os nossos tempos estão “ferrados”, salvemos os dos jovens e crianças.
Dia desses conversei com um vereador, disse a ele que um trabalho que poderia ser feito pela municipalidade seria o de reunir jovens e ensinar-lhes comportamento. Se não podemos corrigir o mundo e o Brasil, pelo menos tentemos fazer com que nossa cidade seja mais amena que as barbáries que assistimos por aí. É um trabalho exaustivo, demorado mesmo, porém perfeitamente possível.
Ao chegar na altura do campeonato que cheguei, o mínimo que posso fazer é procurar ajudar minha comunidade a viver melhor. Em outras épocas botamos a cara por aí para provocar o desenvolvimento, agora, principalmente, em vista das circunstancias, o negócio é ajudar na melhoria do comportamento. Os jovens e as crianças aprendem fácil, basta orientá-los.
Espero que meus leitores sejam soldados dessa ideia, lançada justamente no Dia do Soldado. E, como dizia Confúcio: “transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”. A China tem feito isto, façamos também.