Pelo que tomamos conhecimento, caminha no Congresso Nacional a proposta de reforma política a ser adotada já a partir de 2.018 e, nessas condições, muito embora o tema venha ganhando destaque nos últimos dias, há de se aguardar a transformação desta propositura em realidade.
Importante salientar nesta oportunidade o fato de que ainda existem dúvidas, principalmente no que tange ao prazo que se reduz para sua votação e que reinam especulações entre os parlamentares, razão pela qual cada cabeça analisa de uma forma a necessidade ou não da reforma política.
Além desse aspecto, saliente-se os benefícios que poderão trazer para a possível evolução e aperfeiçoamento dos costumes políticos, que desde há muito vêm se arrastando ao longo dos anos e que irão depender dos entendimentos além das discussões por parte daqueles que não concorda com a referida reforma.
Tem-se a impressão de que a reforma pode ser votada sem grandes avanços ou mudanças radicais, levando-se em consideração os temas abordados com evidência a dois que chamam a atenção do eleitor e dos próprios postulantes a cargos públicos.
O primeiro passa pelo fundo público de 3,6 bilhões para financiar campanhas no Brasil e aprovado pela Comissão da Câmara dos Deputados, mais um desperdício que vem onerar os cofres públicos se aprovado pelo plenário do Legislativo e que não irá se constituir em surpresa essa aprovação, quando se trata de numerário que favorece a classe política.
Em um primeiro momento, à vista do cenário da economia, que ainda não atingiu a meta de crescimento em todos os ângulos neste sentido, mexe sobremaneira com os cofres públicos e soa como um desperdício de dinheiro, quando deveria ser injetado parte dele em setores prioritários, tais como Saúde, Educação e Segurança.
Quanto ao segundo aspecto, trata-se de adoção do “Distritão”, que já em 2.018 garantiria a eleição dos parlamentares mais bem votados, apesar de que existe um equilíbrio de parlamentares entre os que aplaudem e os que são contrários a este possível feito, porque iria prejudicar de certa forma as aspirações dos candidatos a cargos eletivos com base nas legendas.
O tema se apresenta como positivo a partir do momento em que permite a eleição de quem é mais votado e não na dependência dos votos de legenda. Neste caso, entende-se que vai tomar posse aquele que recebeu maior número de votos, através das urnas eletrônicas.
Não deixa de ser uma evolução dos tempos, porque não pode uma situação ficar adormecida eternamente, sem que hajam transformações, o que é natural e exige dos homens públicos o que é de melhor em benefício de novas épocas e de novas visões neste sentido.
Por outro lado tem quem acredita que o Distritão assim como o fundo vão favorecer quem já ocupa cargo público e, por estar nele, este levaria vantagem sobre os demais postulantes a esta aspiração.
Ainda, em se tratando de Distritão, a expectativa é de que aumente a disputa entre os candidatos dentro das próprias legendas em prejuízo daquelas candidaturas tratadas como escada, que favorecem a composição dos votos de legenda.
A medida deve dificultar a composição de chapas, principalmente no caso das Câmaras Municipais, mas deve valorizar os cabos eleitorais que ficam de olho nos cargos comissionados do poder público e, assim sendo, são poucas as mudanças propostas pelos congressistas e não fogem do espaço por parte de uma Casa de Leis acostumada a denúncia de corrupção e descaso com o dinheiro público.