O que significa hoje viver no Brasil quando se tem um filho ou uma filha adolescente? É claro que não estou generalizando, mas num país de 207 milhões de habitantes, onde na sua grande maioria são jovens, fica patente que o investimento do narcotráfico é no mínimo interessante. Talvez isso seja o motivo pelo qual as antigas e conhecidas drogas estão dando lugar as novas drogas sintéticas, muitas das quais nem sequer podem ser identificadas por mudança na sua formulação química, na sua maioria elaboradas em sofisticados laboratórios clandestinos por vários países do mundo.
Mas como o assunto é polêmico, e na maioria das vezes gera controvérsias, venho fazer uso de um saudosismo etário; dizem que uma das vantagens de se chegar à maturidade é a capacidade de se analisar e comparar como era a vida de um jovem há 40 anos atrás em relação aos jovens de hoje desse nosso Brasil. Constato aqui, e nada de forma puritana ou conservadora, que a velha figura do “pipoqueiro” que vendia maconha na praia e que seduzia os jovens, ficou por demais abandonada e hoje serve apenas como uma antiga referência dos perigos que nós nos anos 70 éramos incessantemente alertados por nossos pais por jamais nos aproximarmos desses tais elementos.
Ademais, por falar em maus elementos ou companhias que deveríamos evitar, existia uma vigilância parental naquilo que fazíamos, nas nossas amizades, no horário em que chegávamos em casa, se havíamos ingerido bebidas alcoólicas, enfim, havia o que eu chamo de “ Filtro Parental” e este estava sempre presente. Mas hoje tudo mudou, senão vejamos: infelizmente as novelas, o programa de televisão em geral não tem limite ao demonstrar o “heroísmo dos delinquentes” nas novelas, os excessos sexuais na “telinha, enfim, os maus exemplos de todos os tipos se encontram bem ali na sala da nossa casa, assistidos por todos na televisão, ou bem acomodados num computador via Internet, isso se intercalando com os noticiários sobre a corrupção devastadora que assola o nosso país, um país pobre.
Hoje não há no Brasil como controlar e educar um jovem a não ser por um embasamento religioso seja ele de qualquer religião, contudo que esta religião não atente para o mau, pois até isso temos hoje à disposição dos nossos jovens, via Internet, o recrutamento ao terrorismo. Em resumo, temos sim que reinventar um modelo de educação familiar baseado no “Filtro Parental” pois do contrário os valores morais, éticos, e relacionados a uma vida saudável para os nossos filhos e netos estarão fortemente corrompidos e comprometidos, a tarefa não é fácil, valores de tradição religiosa, vigilância nas companhias, exemplos que demonstramos em casa, isso tudo ajuda, mas não esqueça que você durante um bom tempo será taxado de chato, repressor, antiquado, principalmente por emissários, ou “ experts em educação” pela televisão ou Internet; e se você proibir ou num rompante educativo impor ordens em casa será chamado ainda de “tirano” mas veja, vale apena, o futuro deles agradece ...vamos tentar filtrar o Brasil nessa fase do terrorismo ideológico educacional televisivo....e da corrupção endêmica...