Agricultores de diferentes regiões de São Paulo têm se mobilizado para a valorização de seu produto. Em Mogi das Cruzes, um produtor de shimeji faz parte de um grupo que trabalha na criação de uma marca que identifique e posicione seu negócio no mercado em meio à concorrência. Em Garça, cafeicultores estão empenhados em obter o registro de Identificação Geográfica (IG), que é usado para identificar a origem do produto, cultivado em um local conhecido por suas características e qualidade.
Tais iniciativas são muito importantes para ampliar as possibilidades da empresa. Ao ter uma marca, o empreendimento passa a se distinguir dos outros. É um acréscimo à sua imagem. Sem marcas, o mercado seria composto apenas por commodities, ou seja, produtos e serviços em estado primário ou bruto.
Contudo, mesmo esse tipo de mercadoria pode ter sua identidade, como mostra nosso exemplo do shimeji. Assim, não importa se você produz laranja, batata, sal ou alface; você vai ter ganhos ao associar uma grife ao seu trabalho.
A marca é muito mais que um nome: ela embute a história do empreendimento e seus valores. Ela informa e comunica o que é a empresa.
Faz parte do “pacote” ter uma identidade visual e verbal. No entanto, só vai funcionar se a empresa estiver com seu conceito bem definido ou não será algo legítimo.
A marca também tem de ser original e atraente. Além disso, tudo o que se refere ao negócio deve estar alinhado a ela, o que inclui material impresso e digital, decoração, ambiente, etc. Detalhe fundamental: é necessário haver continuidade ou qualquer esforço nesse sentido será anulado.
Algumas marcas são tão fortes que se tornaram sinônimo do produto, prova de sucesso total.
O empreendedor deve tomar outro cuidado com a marca: deve ser registrada ou corre-se o risco de perder a exclusividade de uso. O órgão responsável por essa tarefa é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), do Ministério do Desenvolvimento.
Toda empresa precisa ser reconhecida no mercado. Negócios fortes têm marcas fortes.