W. A. Cuin
“Nos dias difíceis de atravessar, levanta-te para a vida, ergue a fronte, abraça o dever que as circunstâncias te deram e abençoa a existência em que a Providência Divina te situou”. (Emmanuel, no Livro “Amor e Sabedoria”, psicografia de Francisco Cândido Xavier).
Um dia, na espiritualidade, observando o nosso passado e percebendo os erros e equívocos cometido em outra época, sentindo a necessidade de repará-los, e, ao mesmo tempo, avaliando a distância que ainda nos separa da perfeição, a que todos estamos destinados, vislumbramos a possibilidade de uma nova reencarnação na Terra, em busca de outras oportunidades de trabalho, que nos permitissem redenção e aprimoramento.
Dirigimos o nosso requerimento aos Benfeitores amigos que respondem pelos processos reencarnatórios, apresentando o nosso desejo de encetar novas lutas na direção do crescimento espiritual, contando, então, com a aquiescência deles, diante do valor e da seriedade dos nossos anseios.
Obviamente, depois das devidas análises e avaliações, por misericórdia divina, fomos situados na presente existência, amparados por inúmeros recursos e dispositivos, dentro da bondade e justiça das sábias leis de Deus.
E aqui estamos, carregando conosco o patrimônio das conquistas e realizações que fizemos ao longo do tempo, bem como amargando, ainda, os defeitos que insistem em nos manter na inferioridade, pois que André Luiz, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, no livro “ Libertação”, em seu capítulo I, nos informa que fazemos uso da razão a quarenta mil anos, isto é, decidindo, escolhendo, deliberando com liberdade, o que propiciou que cada um de nós construísse, até agora, o que temos e o que somos.
Assim, não somos melhores e nem estamos usufruindo de uma vida mais confortável e equilibrada em decorrência das decisões e preferências que mantivemos durante todos esses milênios. Em suma, ninguém é culpado ou responsável pelos fracassos que acumulamos, pelas dores que nos seguem ou pelas decepções que nos amarguram, como também é nosso o mérito pelas conquistas e realizações que já fizemos.
O Código Divino, com toda a sua magnífica estrutura e mecanismo de apoio e incentivo aos seres humanos, nos ajuda a conduzir os nossos dias pela vida, aqui na Terra, mas não permite que os nossos deveres e compromissos sejam entregues para que outros realizem. A tarefa que é nossa, somente nós podemos efetuá-la.
Portanto, nos dias do presente, carregando a herança que nos é própria, dentro da lei de causa e efeito e de ação e reação, o melhor que temos a fazer e manter sempre em alta o ânimo, a confiança, a coragem e, principalmente, a fé em Deus, pois que tudo o que está ao nosso redor está absolutamente certo. Deus, no contexto de seus atributos, jamais erra. Se não estamos melhores é, simplesmente, porque não fizemos por merecer.
E não é difícil compreender que o desânimo, o abatimento, o pessimismo e a revolta em nada contribuirão para o alívio das possíveis aflições e padecimentos que nos torturam. Melhor e mais prudente será entender as Leis Divinas e procurar seguir fielmente as suas imprescindíveis e sábias orientações.
Jesus Cristo, num dado momento de sua passagem pela terra, sentenciou: “vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.( Mateus 11.28-30), portanto façamos uso da sugestão do Cristo e, ao invés de lamentações e dramatizações, tomemos o caminho do labor, sem perder mais tempo.
Não se tem notícia, pelos quadrantes do universo, que alguém tenha logrado êxito na presente reencarnação mantendo os braços cruzados e a mente ociosa ou se prostrado no desespero e na revolta. Antes, somam conquistas e prosperidade quem se afiniza e põe em prática as inquestionáveis e oportunas lições de Jesus Cristo.
Reflitamos...