“Só pela renovação íntima, progride a alma no rumo da vida aperfeiçoada”. (Emmanuel, no Livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco C. Xavier, item 67).
A vida na Terra é valiosa oportunidade de aprendizado. Retorna o Espírito para a vida física, vestindo nova roupagem carnal, trazendo no bojo da reencarnação os propósitos de crescimento interior. E, pensando em evolução, não podemos olvidar a necessidade do esforço íntimo.
Assim, imperioso se torna que deitemos reflexões sobre os assuntos que nos cercam, sempre atentos em busca de reconhecer os pontos falhos que ainda insistem em empanar o brilho do progresso que lutamos por fazer.
Em realidade, começamos a despertar para os reais valores da vida, mas ainda temos imensas dificuldades em retê-los no âmago.
Quando afirmamos, diante de determinada situação, que perdemos a paciência, na verdade significa dizer que ainda não temos a paciência que acreditávamos possuir, pois quem a adquiriu, jamais a perde.
Quando concluímos que a nossa calma acabou, é sinal inequívoco de que nunca fomos calmos, apenas trazíamos uma mascara que não resistiu aos golpes que sofreu, então evidenciamos o que realmente somos.
Quando dizemos que o amor que sentíamos por certa criatura deixou de existir, na verdade estamos informando que com relação a ela mantínhamos somente laços de atração, nada mais. O amor verdadeiro não acaba.
Quando observamos que a solidariedade que cultivávamos perdeu a intensidade, podemos entender, sem medo de errar, que não éramos autênticos na solidariedade, pois quem assim o é, não retroage.
Quando percebemos que estamos cansados de fazer a caridade, sem dúvida nenhuma podemos concluir que nunca fomos totalmente caridosos, apenas ensaiávamos pequenos gestos de bondade que se enfraqueceram por falta de determinação e objetivo sério.
Quando reconhecemos o desânimo, com relação à destinação de nossas horas de folga, na realização de trabalhos assistenciais em favor de criaturas em sofrimento, iniciados com arrojo, devemos entender que não éramos desprendidos como acreditávamos ser.
Quando identificamos a ausência do desejo de prosseguirmos no serviço de edificar uma sociedade mais justa e humana, ao registrarmos os escândalos sociais que eclodem em todos os quadrantes da nação, é porque no âmago nunca tivemos a convicção absoluta dos nossos deveres dentro da sociedade.
As virtudes que definitivamente adquirimos, jamais deixamos de possuir. Assim não perdemos paciência, fraternidade, amor, caridade, tolerância, idealismo, determinação, coragem e outras tantas conquistas nobres e sublimes, quando realmente as detemos.
Então, concluindo que não as temos mais ou que elas perderam a intensidade, melhor será entender que não as tínhamos, carecendo portanto, de sérias e acuradas reflexões, para direcionar caminhos em busca de obtê-las, com urgência e de forma total e absoluta. Então se incorporarão ao nosso quadro evolutivo e seguirão conosco para a eternidade.
Reflitamos, maduramente, pois muitas virtudes que pensávamos ter, em realidade não temos, assim oportuno será observar a advertência do Espírito Emmanuel quando afirma que “só pela renovação íntima alcançaremos a perfeição”.