*Roger Alves
Na atualidade é praticamente um consenso sobre a importância da atividade física em nossas vidas, como forma de prevenção de problemas relacionados ao sedentarismo, a melhora das capacidades físicas, mentais e da qualidade de vida em um contexto geral, além de um importante fator no processo de envelhecimento.
Com o passar dos anos, nosso corpo sofre mudanças fisiológicas, como o processo de sarcopenia, a redução da massa muscular e aumento do tecido adiposo, perda de força e equilíbrio, facilitando as quedas. Nossos tendões e ligamentos desgastam-se favorecendo inflamações e dores articulares, temos também uma redução da capacidade respiratória, em torno de 30%, além da redução da capacidade motora e agilidade entre outros aspectos.
Nesse contexto temos o exercício físico como uma ferramenta fundamental. A busca por atividade física na terceira idade é cada vez mais comum, além do aspecto físico, sempre haverá o lado psicológico, onde a sensação de bem-estar causada pela atividade física ajuda na autoestima e no combate a quadros de depressão.
Entre as inúmeras possibilidades de exercício físico, destaco a musculação como uma excelente forma de melhorar as capacidades físicas como força e equilíbrio, melhorando a capacidade aeróbica, reduzindo os riscos da osteoporose e as dores oriundas de inflações nos tendões, músculos e articulações. A prática regular de musculação duas vezes por semana já é capaz de causar melhoras significativas na qualidade de vida, aumento de força, melhora de flexibilidade e coordenação motora. A frequência semanal de exercício pode mudar de acordo com o nível do aluno/idoso, podendo ter uma frequência maior dentro da academia ou mesclando a prática da musculação com outras atividades de sua preferência.
A orientação e prescrição do exercício físico ou modalidade, assim como em qualquer fase da vida, deve ser feita por um educador físico, levando em consideração o nível de condicionamento, o objetivo e possíveis lesões ou problemas de saúde. É importante para todos os alunos, em especial os idosos, a ida ao médico e a realização de exames periódicos.
É importante lembrar que o processo de envelhecimento é uma etapa natural da vida, algo que todos nos estamos sujeitos, e a forma como cada um envelhece muda, isso pode ser influenciado por fatores genéticos em alguns casos, mais sobretudo na imensa maioria das vezes pelo estilo de vida na infância, adolescência e na fase adulta. A influência de uma rotina de exercícios, associados a bons hábitos alimentares, e uma vida equilibrada influencia diretamente sua qualidade de vida na velhice e seu grau de habilidades físicas.
Não é errado dizer que uma boa velhice começa agora ainda na juventude, cuidando para que as mudanças em seu corpo não sejam tão severas e que cada um de nós possa desfrutar dessa fase da vida passando mais tempo com quem amamos e nos mesmos, curtindo e aproveitando cada momento e vivendo da melhor maneira possível.
Vem comigo e eu te mostro o caminho!
*Roger Alves – Personal Trainer – CREF 124251 G/SP