...mas aprender é divertido! É o lema da Plataforma Qranio, uma bem sucedida startup de ensino, que atrai aqueles sequiosos de saber que já não encontravam sabor na escola convencional. A 4ª Revolução Industrial exige a gamificação para um aprendizado lúdico e qualificado. Quem se apercebeu disso criou uma disrupção no método tradicional.
A juventude que descobriu esse filão é bem antenada. Após detectar o desencanto dos mais bem dotados de inteligência, (porque os que não são, continuam a achar normal aquilo que já não encanta), lançaram aplicativo gratuito, que conquistou mais de 1,3 milhão de usuários.
O aplicativo permite que ao fazer jogos, o usuário aprende conteúdos novos e acumulam moeda virtual – o Qi$ - que serve para adquirir coisas reais, tipo CDs, livros, camisetas e cursos.
Não se descobriu algo totalmente novo. O fundador da célebre “Academia”, Platão, já dizia que aprender jogando é a melhor forma de aprendizado. E os grupos mais ligados à contemporaneidade, como o Bradesco, já se serviram dessa startup para treino de mais de 125 mil colaboradores mediante uso do celular.
Outra plataforma interessante é a Tamboro, que promove o ensino à distância junto ao Instituto Oi Futuro. A base também são os games e o uso intensivo do algoritmo, que permite inclusive avaliar o rendimento dos usuários. O trabalho teve início com a Rede Pública do ensino fundamental, mas também já atingiu o ensino superior. Aqui, trabalha-se com o rol de habilidades essenciais a este Século 21: comunicação, resolução de problemas, colaboração, pensamento crítico, empatia, criatividade, empreendedorismo, facilidade em se adaptar a novos cenários e a enfrentar o inesperado.
Não é possível que a escola não aprenda a lição que a experiência está a ensinar. Acreditar que alguém disponha do conhecimento como se fora um monopólio e que é o único responsável pela transmissão dessas informações a um jejuno, que nada sabe, é algo que nem as crianças mais levam a sério. Por isso é que jovens de circuitaria neuronal digital descobriram a fórmula de fazer do aprendizado um divertimento. É um negócio que vai a pleno vapor.
A Pipe Social, uma vitrine de negócios que conecta startups com investidores, mapeou 579 negócios e identificou que 38% dos projetos estão na área da educação. As aulas online atraem os jovens porque se servem da linguagem que os jovens conhecem e a disseminação é constante e crescente.
Um exemplo de sucesso é a Descomplica: oferece aulas online para preparar o aluno para o ENEM, para vestibulares, concursos públicos, reforço escolar e de disciplinas no ensino superior, seja na graduação, seja na pós-graduação.
O mundo mudou. Quem não se aperceber disso a tempo, perecerá como outras coisas como os filmes fotográficos para revelar, o papel carbono, o mimeógrafo, o telefone de manivela, as telefonistas e outras profissões que já estão na fila para o encerramento de sua função na História da Humanidade.