Levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado recentemente, revela que nosso país ocupa a quinta posição do trânsito mais violento que se possa imaginar.
Segundo a pesquisa, são 200 mortes, no mínimo, para cada 100 mil veículos que trafegam em nossas rodovias, sem que haja uma redução dessa violência no trânsito, levando-se em consideração o número cada vez maior desses veículos e que vem causando preocupações às autoridades competentes neste sentido.
Dentre os motivos elevados e causadores de acidentes de grande monta está o problema do alcoolismo, além da má aplicação da lei com mais rigor, visando punir os condutores irresponsáveis que abusam da velocidade ou dirigem sob efeito do álcool, após ingerir bebidas alcoólicas.
Em uma cidade do interior paulista, eis que um jovem no auge da sua idade e da atividade profissional, encontra-se em um hospital com fratura no fêmur, além de outras complicações ocorridas, justamente em função de um condutor que dirigia seu veículo embriagado. Assim como ele, milhões de condutores se arriscam a viagem sem o mínimo censo do que poderá ocorrer, trafegando com seu veículo nessas condições.
Outro fator que não poderíamos deixar de fazer alusão é a péssima conservação de boa parte dos veículos sem a renovação da frota, notadamente dos caminhões pesados que, além de provocarem sérios acidentes, nossas rodovias sofrem com as cargas que transportam esses caminhões, mormente esses que têm mais de 15 ou 20 anos de uso.
Importante salientar que o baixo desempenho, o consumo sem limites de combustível e a alta emissão de poluentes remontam problemas causados pelo tráfego de caminhões sem condições de trafegar em nossas rodovias e, nessas condições, já passou da hora de uma fiscalização mais a contento, para que esses veículos deixem de transitar em nossas estradas.
Nos feriados prolongados, o motorista deve ficar atento aos procedimentos de segurança que devem ser adotados antes de ter acesso às rodovias, porém, nem todos se dão conta dessa necessidade, acrescentando a essa situação que há diferença entre dirigir na cidade e na estrada. Este aspecto é, inclusive, um dos motivos apontados como causas de acidente. A partir de se conduzir um veículo, exige, no entanto, comportamentos adequados por parte de motoristas, é claro, apesar de que muitos têm consciência disso, dessa necessidade imperiosa.
Uma diferença essencial entre cidades e estradas é a velocidade. Quem acha que terá cinco segundos para tentar mudar de pista está enganado. O carro que se vê pelo retrovisor e que parece tão distante, chega em dois segundos e, assim sendo, pode trazer sérias consequências, afirma o Inspetor da Polícia Rodoviária (PRF) D. Lucas.
A preocupação se justifica pela grande incidência de acidentes devido à alta velocidade. Isso porque o motorista perde parcialmente a noção da velocidade em que se encontra seu veículo, contribuindo para o crescimento desses acidentes sem uma visão específica para evitar o que vem acontecendo diariamente em nossas estradas.
Outro momento que exige muita atenção e responsabilidade por parte do motorista é a ultrapassagem, tanto na cidade como nas estradas, um fato que se constitui em estupidez, faz menção o policial rodoviário. Ele lembra que o importante é não querer impor ao outro veículo o intento da ultrapassagem. Se o outro está vindo rápido, é preferível que saia da frente e o deixe passar, pois entende-se que para fazer uma ultrapasagem, é importante que o carro responda rapidamente a circulação ou se demora para ganhar velocidade.
As condições do carro também mudam. Na cidade, normalmente o veículo se encontra mais vazio que nas viagens, quando se transporta mais passageiros e bagagens. Se for preciso frear, o veículo vai demorar mais e isso pode resultar colisão.
Eis, portanto, aspectos que recomendam melhor consciência por parte dos motoristas de um modo geral, visando uma conduta exemplar para que os acidentes deixem de se tornar preocupação às famílias e às autoridades do trânsito.