Basta sair conversando por aí para se perceber que as pessoas estão entristecidas com os acontecimentos da nação. Como dizem alguns: sai dia entra dia as notícias são desalentadoras, assassinatos em profusão e roubalheira chegando ao conhecimento geral por atacado.
Saber que o país está sendo passado a limpo em alguns setores é alentador, porém, ao se perceber que muito ainda pode ser verificado em todo o país é assustador pelo tempo que vai levar.
Enquanto não for feita uma reforma política que priorize a reforma partidária e onde os diretórios municipais tenham realmente força de decisão em sua área, muitos que poderiam ser abatidos no ninho sairão candidatos e criarão problemas. Os partidos precisam ter diretrizes solidas, o voto precisa parar de ser proporcional e ser direto ao postulante, o voto distrital resolve isto. Se assim fosse, os que se elegem com votinhos de rabeira deixariam de existir e os eleitos terão mais personalidade ao exercerem seus mandatos. O fisiologismo e o vassalismo aos donos de partido não precisariam existir.
Como imaginar um país bem melhor com o sistema político partidário atual? Os candidatos aos executivos neste ano, estaduais e federal, deveriam expor em praça pública um compromisso com uma reforma política e partidária, caso contrário o drama nacional vai sendo prorrogado.
Como imaginar um novo presidente da República sem a pressão dos profissionais do legislativo? Ou o cara entrega o ouro, como se diz na gíria, ou vai ser ameaçado de impedimento. Com esse sistema que está instalado, não dá para prevermos 2019 e 2020 com ventos leves. Não é uma questão de pessimismo, é a cruel realidade.
Percebe-se claramente que a população está descrente da classe política. Muitos dizem que não vão votar. Imagino que a luta dos candidatos ao Legislativo, mesmo aqueles que de alguma forma cumpriram com suas obrigações, será muito difícil. Convencer o eleitor não vai ser fácil, principalmente se o candidato pertencer a alguns dos partidos “mal falados”. Se os candidatos ao Legislativo, principalmente, apostarem no tempo de TV vão se dar mal. Mais que nunca o “Tetê a Tetê”, município a município, vai ser importante. E precisa falar a verdade com seriedade, precisa se demonstrar e realmente ser confiável. Quem não gastar sola de sapato e pneu de automóvel vai se dar mal, é preciso andar, é preciso conversar, é preciso convencer.
Existe muita desesperança por aí, os bons candidatos precisam trazer novas luzes, novas e verdadeiras confianças e, se eleitos, fazerem valer suas vozes em favor da população, sem populismo, com coragem e desprendimento.