Anteontem, Dia do Trabalhador, muitos trabalhadores brasileiros tiveram mais um dia em sua homenagem, porém, diante de uma situação onde o desemprego persiste, não há muita perspectiva para se comemorar este dia considerado festivo.
O país, infelizmente, atravessa uma das piores crises em relação ao desemprego, portanto, são mais de 13 milhões de pessoas com idade produtiva sem colocação no mercado de trabalho, um problema que afeta com toda a sua dimensão outras áreas que compreendem a necessidade de se expandir a classe trabalhadora.
Entende-se que o trabalho é um direito do ser humano e, nessas condições, ao longo do tempo, o Estado não conseguiu cumprir o seu papel, oferecendo educação a contento e de qualidade, para que todos os jovens tenham oportunidade de cursar boas escolas e ser adequadamente preparados para conquista de uma vaga no mercado de trabalho.
Saliente-se nesta oportunidade que iremos comemorar mais um dia mundial do trabalho, evento criado em 1.889 em Paris. A escolha da data teve como objetivo homenagear greve geral que aconteceu no dia 1º. de Maio de 1.886, em Chicago, principal centro industrial dos Estados Unidos, à época em que se deu este feito.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições desumanas a que eram submetidos, exigindo ao mesmo tempo redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias, uma reivindicação lógica e dentro de uma política justa em prol daqueles trabalhadores.
Manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade, mas a repressão ao movimento foi das mais violentas que a história registra como represália. Prisões aconteceram, além de muitos feridos, estendendo-se às últimas consequências, que foram os mortos nos confrontos entre a classe operária e a força policial.
Para compensar o problema do desemprego, à vista de interesses políticos, o governo instituiu o bolsa família, além de alguns subsídios, entretanto, não são suficientes para promover a independência daqueles que vivem na amargura e sem condições de sobrevivência no dia a dia de sua existência.
Importante ressaltar o trabalho digno, que traz realizações e garantia de subsistência para todos que se dedicam com todo esmero ao desempenho de cada função que exercem, pois estão contribuindo para a grandeza da Pátria, para o crescimento da produtividade e de outros aspectos que compreendem a expansão da nossa riqueza.
Ao completar 129 anos, essa data normalmente festiva, de outro lado é motivo de preocupação para boa parte dos trabalhadores. Vive, afinal, uma das maiores crises da história brasileira e, mesmo com sinais de possíveis retomadas no aspecto do desemprego, os efeitos adversos das últimas gestões governamentais ainda serão motivo de se pensar o que o futuro pode oferecer de algo positivo à classe trabalhadora de todo o país.
Apesar disso e do número de notícias desfavoráveis no que tange à área econômica, por menos expressivas que sejam, alguns dados recentes mostram que nem tudo está perdido. A queda da taxa de desocupação, por exemplo, ocorre de forma consistente e atinge todos os segmentos da população, com destaque positivo quem possui ensino fundamental e médio, jovens e mulheres, surpreendem com relativa melhora no campo do emprego.
É de se aguardar que o exercício de 2.019 seja o ano da expansão econômica e redução máxima do desemprego.