Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Centralizador
Trata-se do chefe que não delega, seja porque não confia que alguns colaboradores realizem o trabalho com a mesma competência que ele, seja porque é inseguro e teme se tornar um profissional substituível, caso compartilhe o seu conhecimento. Este perfil costuma ser pouco tolerante a críticas e não gosta de que discordem dessa sua forma de agir. O risco de ser liderado por alguém assim é não conseguir se desenvolver ou ter visibilidade na empresa.
Como lidar?
Como ele gosta de ter o domínio da situação, mantenha-o informado das suas tarefas, busque atingir as suas expectativas e tente colocar, pontualmente, que pode ajudá-lo quando ele estiver muito ocupado. Evite expor suas posições de maneira rígida e, ainda, tente colocar para ele, de maneira pontual, a importância da distribuição de atividades para a performance da equipe. Com todos trabalhando juntos, o resultado será ainda melhor e, aos poucos, construirá com ele uma relação de confiança para que você tenha mais espaço
Autoritário
Costuma ser o dono da verdade, mesmo que deixe todo mundo falar. Na tomada de decisão, age como se sempre tivesse razão, inadmitindo errar e dispensando a opinião alheia. Para se proteger, utiliza o ataque como defesa e reage antes que lhe façam uma pergunta que não saiba responder. Costuma ser muito tóxico e desmotivante para a equipe e, na maioria das vezes, é o principal motivo do pedido de demissão de vários colaboradores.
Como lidar?
Antes de desistir e pedir para mudar de setor, ou sair da empresa, reflita se não é possível tentar melhorar o relacionamento. Afinal, se aprender a lidar com esse tipo de chefe, isso tornará você mais flexível e resistente para os próximos trabalhos.
Não perca a calma. Lembre-se de que o mais desafiador é conseguir controlar as emoções. Se estiver no seu limite, é hora de procurar novas oportunidades. Se quiser insistir, após um episódio de intimidação, espere um tempo para se acalmar e só depois procure-o para conversar.
Em vez de acusar, conte o que aconteceu, apontando como você se sentiu e essa é a melhor forma do seu gestor entender o impacto do comportamento dele. Essa medida faz parte da estratégia de comunicação não violenta. A importância de esperar para buscar esse diálogo é alcançar a maior neutralidade possível, algo que o calor do momento não permite. Você pode se defender, mas usando um tom profissional.
Se a sua empresa costuma utilizar a ferramenta de feedback, também faça uso desse caminho para mostrá-lo que a sua postura está prejudicando o trabalho da equipe. Além disso, tente se conectar ao time, para que vocês, unidos, consigam se ajudar mutuamente a diminuir os atritos e evitar conflitos.
Permissivo
Um bom chefe é aquele que orienta, direciona, estimula e incentiva seus colaboradores. Um chefe permissivo exagera em demonstrar que é um chefe legal. Parece ser simpático e dinâmico ao deixar que as coisas aconteçam naturalmente, mas a falta de gestão impede que a organização alcance seus objetivos. Este tipo de chefe evita todo tipo de confronto e, dificilmente, impõe a sua posição. A consequência é ele ter o respeito da equipe, mas não o seu controle.
Ele costuma não assumir as responsabilidades, quando a equipe deixa de atingir os resultados; é comum culpar a equipe. Gosta de ser reconhecido por sua bondade e costuma se colocar como vítima, quando precisa tomar uma decisão que vá desagradar o grupo. Para este tipo de chefe, um corte ou uma cara fechada podem resultar num afastamento entre ele e seu liderado.
Como lidar?
É preciso impor uma distância segura. Demonstre que você valoriza a proximidade entre seu chefe e você, mas que conhece os limites da relação. Faça seu trabalho com seriedade, mantendo uma postura profissional e evite tirar proveito das circunstâncias, pois isso pode te comprometer.
Independentemente das cobranças, seja exigente com o seu próprio trabalho. Por exemplo, sugira conversar com calma na hora do almoço, lembrando que ainda não terminou o relatório que ele pediu. Sempre cumpra os prazos e horários combinados e, com isso, se livre de qualquer culpa futura, caso o resultado seja aquém do esperado.