Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido(a) leitor(a)! Final de ano é sempre aquele momento de fazer uma retrospectiva, entender os erros e acertos dos últimos 365 dias e repensar a vida para começar tudo de novo. Por isso, dessa vez, queremos falar um pouco sobre o que gostaríamos de ter aprendido quando ainda éramos mais jovens: coisas que aprendemos mais tarde e teriam feito muita diferença nas escolhas que fizemos. Diga-se de passagem, esta carta não é apenas para os jovens de idade, mas para todos aqueles que sentem no seu coração a vontade de aprender e melhorar sempre.
Quanto antes você perceber que o mundo é injusto mesmo e ninguém lhe deve nada, melhor para você. Isso vai ajudar a diminuir suas expectativas e a escolher melhor: o acaso, o azar e a sorte existem, e você vai ver por aí pessoas que se esforçaram por uma vida inteira e não conseguiram “chegar lá”, e pessoas que não fizeram muito e chegaram. Nem todos os resultados da vida são frutos de esforço. Contudo, não deixe de fazer sua parte todos os dias, porque as oportunidades passam pos nós o tempo todo, mas só aqueles com olhares mais atentos conseguem percebê-las e aproveitá-las. Normalmente, essas pessoas atentas não estão olhando para o lado e ocupando seu tempo com a vida dos outros: estão focadas em como elas mesmas podem melhorar a cada dia.
Se recuse a ser medíocre. Antes que você acredite que isso é um insulto, medíocre vem de média e, diga-se de passagem, a média do Brasil é bem baixa. Se você reparar bem, a maioria das pessoas ao seu redor estão reclamando de tudo e de todos, terceirizando a responsabilidade por seus resultados, gastando energia com coisas que não estão no seu controle e deixando de fazer o básico. São pessoas que odeiam a segunda-feira, que vivem o final de semana como se fosse o último, que não cuidam da sua saúde, que odeiam estudar e zoam quem estuda, que acham que o mundo lhes deve alguma coisa. Não seja esse tipo de pessoa. Se você quer ter uma vida extraordinária, precisa fazer o que as outras pessoas não estão afim de fazer.
Entenda que aquilo que as pessoas mais desejam na vida não pode ser comprado com dinheiro: você terá que fazer sua parte – e ela, normalmente, é bem difícil. Você compra o personal e paga a academia, mas não compra sua saúde e, muito menos, a barriga tanquinho. Você compra diversos cursos e mentorias, mas se não colocar em prática, os resultados não chegam. Você compra livros, mas não se torna mais inteligente apenas por lê-los. Você paga uma boa festa de casamento e uma boa casa, mas não consegue manter um relacionamento de pé se não se dedicar a ele.
“É justo que muito custe o que muitos vale”. Esta é uma frase de Madre Teresa de Calcutá e, independente da sua religião, ela está certa. Todas as pessoas querem a riqueza, mas não querem trabalhar para construí-la. As pessoas querem corpos esculturais, mas não querem uma rotina de academia e dieta. As pessoas querem relacionamentos de comercial de margarina, mas vivem de mau humor e sequer têm momentos que construam cumplicidade, confiança e amor.
Nós queremos te provocar a olhar para 2022 sobre a ótica de autorresponsabilidade. Dos amigos que você perdeu, quantos deixou de cultivar? Da sua tragédia amorosa, quanto é responsabilidade sua? Na sua realidade financeira, quantas foram suas escolhas erradas? Na sua saúde, quanto representa sua negligência consigo mesmo?
Riqueza é ter em abundância aquilo que é importante para você. Saia do automático: ouse olhar para suas sombras e entenda quais pontos você pode trabalhar e melhorar no próximo ano. Isso vai muito além do dinheiro. Neste natal, ouse sair do automático e preste atenção na vida: a riqueza costuma se esconder nos detalhes. Feliz natal, querido(a) leitor(a).