Evoluir é um processo que não tem fim, interminável jornada de transformação. As vezes nos sentimos um pouco perdido, como um navio sem bússola. As coisas parecem monótonas, tediosas e sem vida, sem saber para onde ir. Daí a pouco vem a felicidade, o desejo ardente de mudança que tem tentado nos manter adormecido por tanto tempo. Uma eterna montanha russa emocional. Nessa fase, a vida não é mais a mesma. Todas as cores brilham um pouco mais, todos os cheiros são mais fortes. Começamos a experimentar outras emoções que estavam extáticas, hibernadas. Noutra fase, vem o eterno questionamento íntimo, uma busca constante sem saber o que e assim seguimos como um cabo de guerra. O eterno dilema entre fechar os olhos e abri-los. O terreno é instável. Este é um momento crítico porque aqueles que continuam nesse caminho se transformam, não voltam a “dormir”. No aprendizado do “contraste” não dá para desconhecer o escuro após vislumbrar a luz. Dessa forma, nos importamos com tudo ao nosso redor e começamos a ficar perturbados, indignados com o estado de pobreza, ganância e até o meio ambiente. Eis, então, que urge o eremita em busca da resposta para essa pergunta: “Quem sou eu?” Ah! Vem a necessidade de mudar o mundo. Descobrimos que começa por nós, lentamente se conectando com os outros. O foco muda para Amor e Gratidão e o desejo de estudar sobre espiritualidade e conhecimento da origem do mundo chega. E a busca dos propósitos também. Quando chegamos a este estágio apreciamos a interconectividade de tudo: natureza, animais, as estrelas e sentimos que somos parte do universo. À medida que a consciência se expande, começamos a ver o mundo mais profundamente e mais conectado com o alargamento da intuição e das habilidades psíquicas, a igualdade e unidade de todos as coisas se tornam mais claras, numa sincronia só. Descobrimos que o que molda nossa realidade são nossos pensamentos, emoções e sentimentos. Com este novo estado de consciência, sentimos que somos um com o Universo obtendo mais clareza sobre tudo. As coisas tangíveis que vemos não são mais importantes. O verdadeiro eu começa mostrar-se para fora e emergir levando-nos em direção a um proposito mais elevado no desejo sincero de compartilha-lo com o mundo. Nesse ponto encontramos nosso alinhamento com o eu verdadeiro, as ideias começam a encher nossa mente e fervilham. Com a inspiração aflorada vemos nosso destino mais claramente quando as coisas começam a se desdobrar. A vida começa a se transformar nas diversas dimensões e as pessoas ao nosso redor refletem o estado de consciência superior e os desafios ao longo do caminho não mais nos deixam perplexos porque estamos totalmente equipados emocional e espiritualmente. E nessa jornada, percebemos que cocriamos com o Divino. As coisas ficam melhores, maiores e têm mais fluxo quando nos rendemos e trabalhamos com ELE, porque sentimos a orientação enquanto criamos junto com a energia da Fonte maior. Quando atingirmos essa etapa de progresso, estaremos há um passo do Amor Incondicional que irradia Amor, porém, vai ficando claro que esta vida é temporária e nos é dada para experimentar e crescer. Não mais reclamamos de nada, só agradecemos, entendemos que não há nada garantido nessa vida. O mundo não deve nada a ninguém e cada um segue sua trajetória por essa imensidão do universo. Estamos em treinamento. Concordo com Nietzsche quando afirma que não há fatos eternos. Realmente, não há. A eternidade nos espera.