Algumas vezes, ocorre que pessoa amiga nos confidencia algo, extremamente grave, que vivencia e nos solicita auxílio para suas decisões. Meu Deus! O que dizer? Momentos surgem, para todos nós em que parece estarmos em uma encruzilhada sem saber qual caminho escolher. Surgem, de repente, questões desafiadoras e as analisamos, colocando na balança os prós e contras, a fim de tentar definir a melhor escolha. Nos perturbamos, não sabendo exatamente como nos portarmos, diante da situação. Em outros momentos, nos deparamos com a necessidade de realizarmos alterações em nossa rotina. Mudanças significativas que nos impactam, como a troca de emprego, a mudança de residência para outra cidade ou outro país. Ficamos aturdidos, como se estivéssemos em um jogo de sorte e azar, como se fôssemos peças de um tabuleiro, impactados pelo acaso. Contudo, na real não ocorre assim. Antes de nascermos, tivemos planos estabelecidos, considerando a lei de progresso que orienta cada nova existência. Podemos não recordar, conscientemente, mas traçamos linhas importantes e tarefas relevantes a cumprir, visando nosso progresso. Dessa maneira, alguns dos embates que nos parecem surpreender, estavam programados. Desafios, portanto, que nos cumpre superar, vencer. Dores, dificuldades que surgem em nosso caminho, foram definidos anteriormente, salvo aqueles que, pelo nosso comportamento equivocado, criamos no presente. Por isso, nesses momentos difíceis da vida, guardemos a certeza de que não estamos sós. Mesmo que, fisicamente, não tenhamos com quem contar, mesmo nos sentindo em solidão, todos temos companhias invisíveis que nos amam e que nos assistem. Então, importante que, nessas horas de indecisões, de confusão, nos conectemos com eles, para ouvir o que nos falam. Acalmemos a mente, tranquilizemos as batidas do coração e façamos a conecção necessária. Não precisa ser nada formal, nada ensaiado, nada decorado. Simplesmente, um pedido sincero de ajuda, para que as ideias se aclarem, a decisão seja a mais correta. E, no silêncio de nós mesmos, ouviremos a inspiração. Se somos daqueles que acreditamos que não temos sensibilidade para ouvir as vozes dos céus, prestemos atenção, porque vozes humanas nos alcançarão. Sim, a Providência Divina enviará alguém para nos dizer algo especial, para nos indagar se precisamos de ajuda, para oferecer um ombro amigo e ouvidos atentos. E, quem sabe, depois de tudo, da conversa franca, do desanuviar da alma, não recebamos algumas sugestões que nos poderão auxiliar a definir o amanhã? Pensemos nisso e nos permitamos perceber o coração mais tranquilo, a mente menos atribulada, a confiança reacender, uma luz indicativa do melhor caminho a percorrer.