Cidade

‘Sou a única voz dissonante na política local’, diz Lamparina

o pré-candidato a prefeito de Votuporanga pelo PSOL foi entrevistado pela Rádio Cidade
publicado em 28/05/2016
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br

Entrevistado pela Rádio Cidade, o pré-candidato a prefeito de Votuporanga pelo PSOL, Antônio Roberto Martins Fernandes, o Lamparina, afirmou que é a única dissonante na política local. 
Segundo Lamparina, o que o levou a ser pré-candidato é representar um segmento da cidade das pessoas que não se enxergam representadas, por isso a opção de um nome alterativo daria a elas a oportunidade de se sentir representadas. Ele contou que hoje não há um caminho definido consolidado no que diz respeito a oposição em Votuporanga, algo que pudesse fazer frente ao atual governo, então ele viu nessa possibilidade um caminho a ser traçado. “Eu sou hoje a única voz dissonante do cenário político de Votuporanga. O resto tudo caminha para o lado só”, falou.
A busca de caminhos alternativos, acrescentou, nunca aconteceu nos últimos anos por parte da suposta oposição. Sobre a Câmara Municipal, ele observou que a atividade parlamentar é complexa, e no Legislativo local existe uma disputa de quem consegue aparecer mais. Existe, continuou, uma crise de egos e não há uma disputa de poder X ou Y, mas sim de “fulano contra o ciclano”. “Temos vereadores que sequer conseguem ir para a tribuna, então quem consegue falar e se expressar, seja de qual forma for, leva uma certa vantagem do que aquele que nunca coloca o que pensa ao público”, disse.
Questionado sobre o motivo de não tentar primeiro ser candidato a vereador, Lamparina disse que no Legislativo não poderia tratar de questões importantes ao longo dos últimos anos, assuntos delicados. Ele citou alguns exemplos: promessas não cumpridas como a chegada da linha aérea entre Votuporanga e São Paulo, algo que, conforme ele, nunca teve perto de acontecer, mas virou marketing político.
Entre outros problemas citados pelo pré-candidato está a reestruturação da rua Amazonas, já que não contemplou nenhuma linha do projeto original. Segundo ele, a ação deveria ter sido melhor avaliada, assim como todo o cenário, porque o dinheiro foi gasto. “O recurso gasto tem que atender às normas do processo e ali o projeto não foi atendido em nenhuma questão. Não se criou espaço a mobilidade, piorou as vagas de estacionamento, portanto piorou e não atendeu os limites do processo”, comentou.
Lamparina falou também sobre seus seguidores na internet. “São uns sete ou oito”, brincou. Em relação ao seu blog, ele revelou que sofreu muitas intimidações, que vão até de ameaça pessoal a ligações telefônicas. Ele também já recebeu alguns processos, mas nada que houve progressão. “Vamos lá, respondemos e fizemos a nossa parte enquanto cidadão a disposição da Justiça, então as partes chegaram à conclusão e nada disso prosperou”, contou.
Lamparina é motorista profissional de grandes caminhões há mais de 25 anos. Ele trabalha como autônomo.
Perguntados se acredita que tem chance de ganhar a eleição na cidade, ele disse que quem entra no jogo está sempre com possibilidade de ser contemplado, porém “a questão de ganhar ou não é bastante complexa”.
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