O deputado Carlão Pignatari se manifestou sobre a decisão judicial que dissolveu todo o diretório nacional do PSDB
Carlão se manifestou sobre a decisão judicial (Foto: Da assessoria)
Franclin Duarte
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O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) se manifestou ontem sobre a decisão judicial que determinou o afastamento do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, da direção nacional do PSDB, bem como anulação de todas as decisões tomadas por ele desde o dia seis de julho de 2022, quando ele prorrogou o próprio mandato de forma considerada irregular. Para o parlamentar votuporanguense, a decisão reforça o compromisso com a legalidade, transparência e democracia.
Para entender, a juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, dissolveu a atual Comissão Executiva, que havia sido formada em fevereiro deste ano. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, exerciam cargos de vice-presidentes no colegiado e também terão de deixar seus postos. Leite terá 30 dias para convocar uma convenção para eleger uma nova Executiva.
Segundo Carlão, para voltar a ser grande o PSDB precisa ser exemplo. “A decisão da Justiça de dissolver a atual direção nacional do PSDB e convocar novas eleições em 30 dias, reforça o compromisso com a legalidade, transparência e democracia --princípios que devem sempre nortear a vida pública. Para voltar a ser grande, o PSDB precisa ser exemplo primeiro na sua base, para então liderar as transformações que o Brasil precisa”, disse o deputado, em nota.
Carlão, além de deputado, é presidente do diretório do PSDB em Votuporanga. Há tempos os rumos que o partido vinha tomando incomodavam os membros mais antigos da sigla, o que inclusive tem gerado uma debandada de prefeitos da região e de todo o país.
A ação
Autor da ação, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, alegou que Eduardo Leite deveria ter deixado o posto no dia 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.
Ao defender-se na ação, o comando do PSDB argumentou que a decisão que prorrogou do atual órgão executivo se deu por unanimidade e que o próprio Orlando Morando anuiu com a votação e foi beneficiado com a prorrogação de mandato. A Justiça, porém, rechaçou o argumento.