Familiares, amigos e autoridades prestigiaram a entronização do nome de Cidinha Madrid junto à secretaria de Direitos Humanos
Familiares, amigos e autoridades prestigiaram a entronização (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
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Em uma cerimônia marcada por emoção e boas recordações, o nome da professora Aparecida Madalena Moto Madrid, mais conhecida como “Cidinha Madrid”, foi entronizado ontem na secretaria municipal de Direitos Humanos. O ato foi acompanhado por familiares, amigos autoridades e pessoas ligadas ao setor social no município.
A homenagem partiu de um projeto de lei de autoria do vereador Carlim Despachante (PSDB), em uma iniciativa que envolveu o secretário da Pasta, Emerson Pereira, e todos os colaboradores do setor. Cidinha foi uma das pioneiras na luta em prol das pessoas com deficiência e nas causas sociais do município, o que motivou a iniciativa.
Estiveram presentes o prefeito Jorge Seba (PSDB), o vice-prefeito Cabo Valter (MDB), representando o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), o vereador Jura (PSB), que no ato esteve representou a Câmara Municipal, e também o vereador Chandelly (Podemos).
Em nome da família, a sobrinha Mayara Madrid disse que Cidinha a criou desde os 3 anos e passou a chamá-la de filha, contribuindo para seu pleno desenvolvimento. O afeto também foi retribuído por Mayara, que relembrou toda a história de vida de Cidinha e destacou que ela sempre foi uma mulher à frente de seu tempo.
"Mesmo com todos os desafios por ser uma pessoa com deficiência, com escassos recursos econômicos, ela estudou, se formou, fez graduação e foi além. Como diretora de escola, foi pioneira em acolher alunos com deficiência e árdua defensora pelo fim do preconceito, além de ser a primeira motorista a ter carro adaptado", disse.
Mais que uma ação que denomina a Secretaria de Direitos Humanos com a entronização da foto de Cidinha Madrid, a filha da homenageada pediu que as minorias também fossem lembradas. "Cidinha representa os menos favorecidos: as pessoas com deficiência, os pretos, pessoas em situação de rua, mulheres em vulnerabilidade social, público LGBTQIA+, idosos, enfim, essa era a luta dela. Uma pequena grande mulher que nunca esmoreceu e foi além de muita gente que só sabe lamentar. Esta não é somente uma foto, mas sim, um legado", completou.
Em sua fala, o prefeito Jorge Seba relembrou que esteve com Cidinha na época de campanha e foi cobrado arduamente para que sua administração fosse voltada também para construir políticas públicas para as pessoas com deficiência e enfatizou que o nome da patrona vai ao encontro de todo trabalho desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos.
“Aqui é uma área sensível, os pequenos recebem o olhar de amparo do poder público, tudo o que a Cidinha proporcionava a quem precisava de atenção. Essa é uma homenagem mais do que merecida e ficamos felizes em poder reconhecer o legado das boas pessoas que passaram por nossa cidade”, disse Seba.
O secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira, relembrou que a Pasta foi criada em 2013 e que o objetivo foi desenvolver políticas públicas para atender as minorias e pessoas em alto grau de vulnerabilidade social. Cidinha ficou responsável pelo setor de proteção à pessoa com deficiência.
"Quando se coloca uma pessoa que sabe e entende do assunto, vai-se criando ações produtivas. Se hoje temos uma Secretaria de Direitos Humanos estruturada, com um setor consolidado para a pessoa com deficiência, é porque a Cidinha abriu campo. Ela será eternizada na história de Votuporanga. Se existe direitos humanos aqui é porque tivemos Cidinha Madrid", concluiu Emerson.