Em conversa com a Cidade FM, o técnico do CAV falou sobre sua permanência ou não e da conquista da Alvinegra
Rafael Guanaes, técnico do Clube Atlético; apesar das especulações, futuro do treinador ainda não está definido (Foto: Rafael Nascimento/CAV)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Em longa entrevista para a Cidade FM, o técnico do Clube Atlético Votuporanguense, Rafael Guanaes, falou sobre diversas questões, entre elas a sua permanência ou não na Alvinegra.
Sobre ficar ou sair, Rafael disse que somente agora irá começar a pensar. Dentre as muitas questões, ele observou que há um planejamento para a Série A2, algo combinado com a diretoria. Perguntado se permanece ou não, ele disse que devolveria a pergunta: “se fosse vocês, o que vocês fariam? Um clube grande do futebol brasileiro, ele vem de novo? Eles vão me esperar, não vão? O que acontece? Se eu sair daqui, como eu entrei pela porta da frente, quero sair pela porta da frente”.
Questionado sobre a choradeira após a conquista, o treinador disse que muitas situações passaram na sua cabeça após a última cobrança de pênalti. “A gente é deste tamanho, pequenininho... Nosso orçamento não é comparável com São Caetano, Ferroviária e Red Bull. A gente lembrava lá atrás, que falávamos em ser campeão, mas era quase impossível”, falou. “Aquele momento ali [a comemoração] é de pura emoção e de extravasar. Eu me dou o direito de chorar, de sorrir, de brigar. Esse é o meu jeito”, continuou.
O técnico falou sobre as etapas até o grupo de fato acreditar que era possível vencer a competição: “nós trabalhávamos hoje pensando no amanhã e amanhã pensando no depois de amanhã, aí começamos a sonhar, até que em determinado momento começamos a acreditar de verdade e depois afirmamos: agora nós não perdemos mais”.
Guanaes afirmou que ele, o presidente Marcelo Stringari e o gerente de futebol Rafael sempre tiveram convicção de que o trabalho daria certo. Ele observou que todos sabiam o caminho que deveria ser trilhado, porém lembraram que diante das condições e da realidade vivida no CAV, seria mais difícil por conta do maior poder de outras equipes.
O comandante alvinegro lembrou das dificuldades, como torcedores pedindo para ele ir embora. “Um monte de xingamento, torcedor me pedindo para ir embora, não entendia a forma como a gente vê futebol e queria jogar”, contou.