Com o elenco já reapresentado, a diretoria da Alvinegra seguiu em frente e já contratou um novo técnico
O presidente da Votuporanguense não gostou da decisão de Rogério Corrêa e rasgou o verbo contra o treinador (Foto: A Cidade/Rafael Bento)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
O anúncio de saída do então técnico da Votuporanguense, Rogério Corrêa, não pegou apenas os torcedores de surpresa, como a própria diretoria. O clima esquentou em uma reunião, convocada pelo próprio Corrêa, no domingo (25), onde ele disse que teria aceitado a proposta para comandar o sub-20 do Atlético-GO.
Apesar de ainda não ter assinado o contrato de renovação com a diretoria Alvinegra, o descontentamento com a decisão de Corrêa foi destacado pelo próprio presidente da Votuporanguense, Edilberto Fiorentino, o Caskinha, em entrevista exclusiva para o programa de esportes da Cidade FM.
“Foi uma reunião que não foi muito agradável. Ele começou a agradecer. Um agradecimento que eu desconsidero você meteu o pé na bunda da Votuporanguense, esse foi o agradecimento. Ficamos chateados com a forma que aconteceu às vésperas da apresentação do time para a Copa Paulista. Como técnico, uma pessoa sensacional de muito conhecimento, mas infelizmente, como ser humano falhou. Espero que ele reveja esses conceitos para o futuro dele”, desabafou o presidente.
O presidente Caskinha relatou que nesse acordo verbal com o técnico Rogério Corrêa, ficou acertado ainda uma multa rescisória no valor de três salários. “Não tem problema sair isso é do futebol, sabemos. Só que independente do contrato estar ou não assinado, nós tínhamos um acordo verbal, de homens, em que existiria uma multa de três salários e essa multa seria exigida. Esperamos que honre”, completou.
Ele ainda destacou a seriedade em que o trabalho é encarado no cotidiano da Votuporanguense, principalmente, sobre o espírito de equipe e coletividade para a conquista de suas metas.
“Quem conhece a Votuporanguense sabe da seriedade, da integridade, da hombridade, dos homens que fazem parte desta diretoria, em honrar nossos compromissos. Esperamos o mínimo das pessoas que trabalham com a gente. Achei que da parte dele não foi legal, fico muito descrente com o ser humano quando tomam essas atitudes individuais que colocam o coletivo em jogo, porque a Votuporanguense não depende só dele, mas ele era o capitão nessa parte técnica”, disse também.
Rogério Corrêa se despede e não fala sobre multa
Rogério Corrêa já estava com a família em Votuporanga desde a semana passada. Em contato com nossa equipe de reportagem ele disse que chega ao Atlético Goianiense para um projeto a longo prazo, semelhante com o que ele vinha desenvolvendo na Votuporanguense.
“Acabou pesando duas situações para mim na decisão, primeiro a minha projeção de carreira, a qual eu penso um dia em ser treinador de série A, então estou no sub-20, claro, mas próximo do profissional do Atlético Goianiense, que está disputando hoje a série A do Brasileiro e está muito bem, então posso ter uma oportunidade quem sabe um dia no clube, e segundo pela minha família, já tem seis anos que saí de Goiânia, então vou estar perto dos meus pais, meus irmãos, o que pesou na minha decisão de vir para cá”, disse o técnico.
Questionado sobre se irá pagar a multa que o clube exigiu, o treinador divagou e não tocou no assunto. “Fizemos o acerto com o CAV, sei que a diretoria não ficou satisfeita, pois nós tínhamos um planejamento tudo organizado, mas futebol é assim, acho que tudo que eu fiz aí, fui valorizado agora fiz tudo que o clube pediu, ajudei a reestruturar o clube e deixo um grande legado, com uma equipe já montada para a Copa Paulista e vou ficar agora aqui de fora torcendo, serei sempre um grande torcedor do clube”, completou.
Cobrada novamente sobre a questão, sua assessoria afirmou que, por se tratar de uma questão pessoal, não poderia responder pelo treinador.