A partida está prevista para iniciar às 10h, na Arena Plínio Marin e os tempos de jogo serão definidos na hora
O CAV e o Fefecê entram em campo neste sábado (14), na Arena Plínio Marin e reviverão os anos de rivalidade que cercam o clássico (Foto: Rafael Bento/CAV)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Com os portões fechados em um jogo-treino, os elencos da Votuporanguense e do Fefecê (Fernandópolis Futebol Clube) vivem, neste sábado (14), um pouco da rivalidade que cerca as décadas de um dos maiores clássicos do noroeste paulista, o “Fervo”. A partida ocorre às 10h, na Arena Plínio Marin, com os tempos de jogo definidos na hora.
Falar do histórico entre os clubes não é tão complexo, afinal, ainda é recente na memória do torcedor alvinegro a última vez em que os times se enfrentaram em competições oficiais. Foi no ano de 2012, que a região viu a partida polêmica que terminou em briga generalizada no gramado.
Um dos protagonistas de jogos,naquele ano, foi o goleiro Cairo Marangoni, ele conversou com a reportagem ontem e depois de tanto tempo relembrou os momentos que teve quando defendia a camisa do CAV.
“São cidades vizinhas e sabemos do amor que os torcedores têm por essas duas equipes. Foram seis anos que fiquei em Votuporanga, vestindo essa camisa, fomos coroados com acesso, títulos e é uma rivalidade muito grande. Quando joguei contra eles vi isso, que tinha essas torcidas. Nos três jogos que tivemos, saímos com um empate e duas vitórias, conseguimos sair vitoriosos. Deixamos a parte da rivalidade para a torcida, dentro de campo a gente espera fazer o nosso melhor”, disse.
Nojogo que o espírito de rivalidade invadiu o campo, o goleiro também estava e afirmou que um dos jogadores do Fefecê partiu para as agressões, nesse momento o nervosismo subiu a cabeça e tudo aconteceu.
“Sobre o episódio que aconteceu naquele jogo que o Brasil inteiro ficou sabendo daquela briga. Foi um erro de nós jogadores, porque quando você está com a cabeça quente, você quer defender o seu companheiro e acaba fazendo alguma atitude sem pensar. Foi um episódio que passou, aprendemos com os erros. Temos que deixar só para a torcida”, finalizou.
Depois disso, sem mais se encontrarem nas competições oficiais, os times se viram somente em 2016, já na nova Arena Plínio Marin, os arquirrivais se enfrentaram pelo Campeonato Paulista sub-20 e em 2018 os elencos também disputaram um jogo-treino.
Mas anterior aos jogos desta década, estão as históricas partidas dos anos 70/80, época em que a cidade era representada pela saudosa A. A. V. (Associação Atlética Votuporanguense) e quem relembra os grandes clássicos é o radialista, Fred Jorge, da rádio TEC FM, de Fernandópolis, que viveu o auge do esporte no interior.
Ele disse em entrevista exclusiva ao A Cidade, que a rivalidade na região era ainda maior e que os times tinham uma visibilidade grande, comparado aos dias de hoje. “A rivalidade era muito grande, quando tinha jogo ai em Votuporanga no estádio velho, lotava. Quando tinha aqui em Fernandópolis lotava também, era a semana inteira falando no jogo. Era sempre o jogo mais esperado do ano, o clássico envolvendo os times”, disse.
A mobilização para assistir o clássico não era só de torcedores das cidades, mas como de outros municípios da região. “Ia sempre a caravana de [torcedores] Votuporanga ou de Fernandópolis, mas isso sempre mobilizava a região toda vinha gente de Jales, Santa Fé, Iturama-MG, Aparecida do Taboado. As cidades circunvizinhas vinham era tipo o clássico Palmeiras e Corinthians” finalizou.