Sessã terá fala de autores do pedido e da defesa;
Votação no plenário está prevista para ocorrer na tarde de domingo
Os deputados federais começam a analisar no plenário da Câmara, na manhã desta sexta-feira (15), se abrem ou não o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Os parlamentares vão discutir e votar o relatório aprovado pela comissão especial do processo de afastamento da petista.
A votação que decidirá se o processo segue para o Senado está prevista para ocorrer na tarde de domingo (17). No sábado também haverá sessão.
Veja perguntas e respostas sobre o processo de impeachment na Câmara
O relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recomenda a continuidade do processo de impeachment da presidente.
São necessários, no mínimo, 342 votos para que o relatório seja aprovado, e o processo siga para o Senado.
Veja o roteiro dos três dias de sessão do impeachment na Câmara:
Sexta
– O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu a sessão no plenário principal da Casa às 8h55.
– Na sessão desta sexta, os primeiros a falar são os autores do pedido de impeachment: os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e a advogada Janaína Paschoal. Os três terão, no máximo, 25 minutos para se manifestar no plenário.
– Em seguida, serão concedidos 25 minutos para que a própria presidente da República ou algum de seus defensores se pronunciem sobre o processo. A tendência é que a defesa de Dilma seja feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Se não houver representante da defesa, a Câmara pode nomear um defensor.
– Terminadas as falas da acusação e da defesa, serão chamados os representantes dos partidos. Cada uma das 25 legendas com representação na Câmara terá 1 hora para se manifestar sobre o impeachment no plenário. Os líderes partidários poderão indicar até cinco deputados para falar dentro desse intervalo de 1 hora. A ordem dos partidos será da maior para a menor bancada. O PMDB tem atualmente a maior bancada da Câmara, com 66 deputados.
– A sessão se estenderá até que todos os partidos se manifestem. A previsão é que os discursos devem adentrar a madrugada de sábado (16).
Sábado
– A sessão está marcada para começar às 11h. Encerrados os discursos dos representantes dos partidos, começam as manifestações individuais de deputados que se inscreveram no dia anterior. Cada deputado terá três minutos para falar, e serão alternados discursos a favor e contra o impeachment.
– Nesta etapa, o regimento da Câmara permite que, após quatro falas, seja apresentado requerimento para encerrar a discussão – que deverá ser submetido à votação. Se não for apresentado requerimento, a discussão segue e a previsão é que os discursos terminem na madrugada de domingo (17).
Domingo
– A sessão que definirá a abertura ou não do processo de impeachment está marcada para começar às 14h.
– O relator do parecer, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para falar.
– Em seguida, os líderes poderão falar entre 3 e 10 minutos, de acordo com o tamanho da bancada, além de mais um minuto para orientar suas bancadas para a votação.
– Por volta das 15h, deve começar a votação, que será nominal. Os deputados serão chamados um a um ao microfone para declarar seu voto de “sim” ou “não” pela aprovação do parecer do relator de impeachment. Os deputados também podem se abster. A previsão é que cada deputado leve 30 segundos, em média, para votar.
– A ordem da votação alternará deputados do Norte e do Sul, começando pelo Norte. Dentro de cada estado, a chamada terá ordem alfabética. Cunha poderá votar dentro da chamada dos deputados do Rio de Janeiro ou assim que todos os parlamentares da Casa tiverem se manifestado.
– Ao fim da chamada dos 513 deputados, será realizada uma segunda chamada para os que estavam ausentes na primeira possam se manifestar.
– Para aprovar o parecer da comissão especial são necessários, no mínimo, 342 votos a favor do impeachment – equivalente a 2/3 dos deputados. Em caso de aprovação, a Câmara autoriza a instauração do processo de afastamento de Dilma, que seguirá para o Senado, responsável por julgar a presidente.