Profissional que já trabalhou em bancos revela armadilhas que eles podem induzir seus clientes a cair nesta época do ano
O fim do ano é uma época em que as pessoas decidem tomar muitas resoluções, de forma a começar o ano seguinte com o pé direito. Geralmente, muitas pessoas aproveitam essa época para começar a investir seu dinheiro, aproveitando, inclusive, a chegada do 13º salário. De olho nisso, muitos bancos costumam fazer ligações para seus clientes, com propostas que em muitos casos podem ser verdadeiras ciladas. O site especializado InfoMoney conversou com Bruno Ponciano, assessor de investimentos da Aequilibrium Investimentos e que já passou por vários grandes bancos e conta duas pegadinhas de fim de ano que as pessoas não devem cair.
1 – Títulos de capitalização em pagamento único
“Além de vender esse tipo de produto durante todo o ano na modalidade de pagamento mensal, normalmente no final do ano os bancos concentram esforços na oferta de uma
modalidade um pouco diferente, aquela com pagamento único. Isso acontece pois o produto capitalização oferece uma receita "na cabeça" (imediata) bem relevante para o
banco e isso ajuda no fechamento dos resultados financeiros daquele ano. É umas das principais metas nesse final de ano então fuja dessa oferta, não deve ser considerado como um investimento por diversos motivos já conhecidos”, comenta Bruno.
Entre os motivos que fazem com que boa parte dos especialistas em investimentos não considere a capitalização um investimento estão o fato de que a rentabilidade desse tipo de investimento é baixíssima – abaixo da poupança – e que o principal apelo para o produto é o sorteio que ele promove, fazendo com que esteja mais próximo de uma loteria do que de uma aplicação financeira.
2 – Planos de previdência com taxas de carregamento
“É muito comum que as pessoas que tenham planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) procurem os bancos para fazerem aportes em seus planos para que sua contribuição anual se aproxime dos 12% permitidos por lei para abatimento no Imposto de Renda. O problema é que muitas pessoas - a maioria - ainda paga taxas de carregamento altíssimas na aplicação desses recursos. É hora de parar e comparar, já existem seguradores que não cobram taxa de carregamento tanto na entrada quanto na saída dos recursos, independente do prazo de permanência no plano”, crava o assessor de investimentos.
(InfoMoney)