Considerando todas as atividades econômicas, a geração de emprego formal no Brasil registrou, em 12 meses, até fevereiro de 2017, o fechamento de 1,2 milhão de empregos formais - somente em 2016,o número chegou a 1,32 milhão. Na contramão deste comportamento, os supermercados no Estado de São Paulo tiveram 6.688 vagas abertas nos últimos 12 meses. Ao longo de 2016, foram 217.148 admissões e 210.460 demissões.
De acordo com o CAGED, o mês de fevereiro foi o primeiro, desde março de 2015, em que o número de contratações no Brasil superou as demissões, totalizando a criação de 35.612 vagas. No período foram 1.250.831 admissões e 1.215.219 demissões.
Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da APAS, explica que os supermercados no Estado de São Paulo totalizam, até fevereiro de 2017, 516.836 colaboradores empregados.
Os dados do CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, são referentes aos comércios varejistas listados entre os supermercados, hipermercados, atacados de produtos de alimentos e bebidas, minimercados, mercearias, armazéns, comércio de hortifrutigranjeiros advindos.
O economista da APAS destaca que a geração de empregos está diretamente relacionada à particularidade do setor, que atende o abastecimento de alimentos das famílias.
“As contratações só não serão maiores em função do cenário macroeconômico, com reflexos no emprego e na renda, que reduz o poder de compra do consumidor, o que não é diferente para os supermercados, que desaceleraram as vendas de 2016 em relação a 2015”.
Mariano frisou ainda que, enquanto o PIB apontou retração de 3,6% em 2016, o setor de supermercados no Estado de São Paulo registrou queda de 2,73% nas vendas. Desempenho relativamente melhor quando comparado à atividade econômica brasileira de modo geral.
Qualificação
“O setor supermercadista possui demanda elevada por mão-de-obra, principalmente de colaboradores qualificados. Há algumas áreas que são mais carentes, como as operacionais (açougue, padaria, entre outras). Mas, mesmo diante desta carência, o setor contrata em patamar superior a outras atividades econômicas”, comenta Rodrigo Mariano.
Por fim, Mariano também afirma que a rotatividade no setor ainda é alta e requer atenção na contratação e retenção de talentos, um dos pontos de atenção dos supermercados, que investem em treinamento e desenvolvimento de colaboradores. “Um dos reflexos disso é a alta demanda pelos cursos da Escola APAS, que capacita gratuitamente os colaboradores dos supermercados associados à entidade”.