(Foto: Divulgação/APAS)
As vendas dos supermercados paulistas para este Natal devem ter um crescimento real de 1,5% a 2% em relação ao ano passado,confirmando a recuperação da economia, ainda que lentamente, no Estado. Representando um incremento de 0,5% no PIB nacional, este faturamento é notícia positiva para todos os setores, já que a recuperação das vendas nos supermercadosé um dos primeiros termômetros de melhora em uma crise.
“O setor acredita que haverá aumento das vendas, principalmente, porque as pessoas estão percebendo os preços mais estáveis nos últimos meses – houve quatro quedas seguidas na inflação medida pela APAS/FIPE – e o desemprego, ainda que devagar, também cai consistentemente: foi de 13,7% em janeiro para 12,6% em agosto”, explicou Rodrigo Mariano, economista da APAS.
Preço da cesta de Natal deve ficar estável em relação a 2016
Com relação aos preços, as perspectivas são de queda em diversas categorias de produtos, deixando os itens mais comprados para as festas de final de ano mais baratos ou estáveis. “Os preços em geral estão se comportando bem melhor em 2017, com variações baixas ou mesmo quedas interessantes de preço, especialmente nos panificados e aves, itens muito consumidos no Natal”, diz o economista Rodrigo Mariano.
O preço dos panificados, em que se inclui o panetone, teve variação de apenas 0,93%, no acumulado de janeiro a setembro de 2017, e de 1,63% em 12 meses. A título de comparação, no acumulado do mesmo período de 2016 o aumento já estava em 6,40% e no acumulado de 12 meses daquele ano em 12,29%, muito acima da inflação geral.
Apesar disso, há uma projeção de aumento nas vendas de panetones para este ano de 10% em relação a 2016. Para a APAS, a diversificação de sabores, bem como as ações no ponto de venda, são os fatores que impactarão positivamente. “O panetone tem vendas expressivas nesta época do ano. E neste Natal não será diferente. Além disso, o chocotone está ganhando espaço também nas prateleiras”, reforça Rodrigo.
Veja o comportamento de outros itens natalinos:
Peru: o preço do peru teve queda de 5,54% até setembro de 2017, indicando preços mais moderados para este ano, mas que devem se reverter nos meses de novembro e dezembro diante da sazonalidade de fim de ano. Ainda assim,o preço ficará estável em relação a 2016, razoável para o consumidor.
Chester: durante 2016, os preços se mantiveram no mesmo patamar. Por isso, para este ano a expectativa é de estabilidade.
Espumantes: em 2017, os espumantes registram alta de 3,62% de janeiro a setembro, menor que a elevação do ano anterior (8,21%).A expectativa é que os preços fechem, no acumulado do ano, em altade 5%, bem inferioraos 11% de 2016.
Azeite e outros condimentos: o preço do azeite caiu 2,42% de janeiro a setembro de 2017, sendo que, em 2016, no mesmo período foi observado aumento em 18,20%. Nosmeses de novembro e dezembro deve ocorrer leve alta pela sazonalidade natural de fim de ano:de3% a 5% no acumulado de dezembro.
Panetones: a projeção de aumento nas vendas de panetone para este ano é de 10% em relação a 2016.