Olívia perdeu o movimento das patas traseiras ao sofrer um acidente e foi deixada em uma clínica para ser sacrificada
Olívia é uma golden retriever e tem 8 meses de idade (Foto: Mariana Camargo/Arquivo pessoal)
Dia das Mães é só no domingo (13), mas a sorocabana Mariana Camargo de Oliveira, de 32 anos, já levou um presente para casa: a golden retriever Olívia, de 8 meses, que havia sido abandonada pelos antigos donos para ser sacrificada após perder o movimento das patas traseiras em um acidente doméstico.
A cachorrinha estava andando pela laje da casa onde morava, em São Paulo, quando escorregou e acabou caindo no chão. De acordo com a veterinária Camila Uliana Luvizotto, que acompanha o caso, o acidente causou a ruptura total da medula espinhal de Olívia, deixando-a paraplégica.
Sem saber o que fazer, a primeira família da cadela decidiu levá-la a uma clínica veterinária para a eutanásia. "Como ela não andaria, não servia mais para eles, mas a veterinária não conseguiu fazer essa atrocidade e entrou em contato com um abrigo", conta Mariana.
A vendedora autônoma ficou sabendo do caso pelas redes sociais do instituto e se interessou pela adoção. Passou por uma entrevista no local, conheceu a Olívia e, 15 dias depois, foi avisada de que havia sido escolhida para ser a "mamãe" dela.
Antes de conhecer a nova família, a cachorrinha passou por uma cirurgia e foi castrada no abrigo. Recuperada, Olívia chegou à casa onde Mariana e o namorado moram no último fim de semana e foi muito bem recebida pelo casal de sharpeis da sorocabana.
"Eu sei que vai ser uma vida bem complicada, porque eu já tive um cachorro paraplégico. É uma rotina bem difícil, bem cansativa, ela é totalmente dependente, mas está sendo o meu presentão", comenta.
No dia a diaAlém das patas traseiras, Olívia ainda não consegue movimentar totalmente uma das patas da frente, que está atrofiando por conta da cadela ficar sempre na mesma posição, e requer atenção constante.
Apesar de conseguir se alimentar e hidratar normalmente, no dia a dia Olívia precisa da ajuda dos donos para exercer algumas atividades básicas.
Como tem incontinência urinária, tem que ser limpa com frequência e precisa de exercícios e ser mudada de posição o tempo todo para evitar escaras, que estão sendo tratadas com ozonioterapia.
"Ela não voltará a andar, mas conseguiremos uma melhor condição muscular e redução da atrofia para que ela se movimente e possa exercer as suas atividades sem complicações", explica Camila.
Para isso, será necessária uma intensa rotina de tratamentos, que envolvem sessões semanais de fisioterapia e acupuntura nas clínicas e dentro de casa.
Neste primeiro momento, serão necessários exames completos a cada três meses para avaliar as funções vitais e eventuais complicações, mas a cadela será acompanhada pela veterinária o tempo todo.
"Ela poderá fazer um andar medular, que é um andar involuntário, dá um ou dois passos e cai, mas vai depender dela. O tratamento será constante, mas, com muito amor, iremos conseguir avanços", acredita Mariana.
Vaquinha onlinePara ajudar nos gastos com os cuidados e equipamentos que Olívia precisa, uma amiga de Mariana teve a ideia de fazer uma vaquinha online.
Até agora, a vendedora já precisou comprar pacotes de lenços umedecidos, fraldas, colchonetes plastificados e um massageador para fazer com que o sangue circule nas patas da cachorrinha.
Além disso, mandou fazer uma cadeira de rodas para ajudá-la a se movimentar sozinha e ter mais qualidade de vida. A cadeirinha adaptada custou R$ 2.200 e deve ficar pronta nesta sexta-feira (11).
A família também está organizando rifas com brindes que ganhou de alguns estabelecimentos de Sorocaba.
Quem quiser ajudar a Olívia com doações é só entrar em contato com a Mariana pelo telefone (15) 99753-1169 ou acessar o link da vaquinha. A rotina da cachorrinha também pode ser acompanhada pelo Instagram dela: @oliviagoldenespecial.
Fonte: G1