Ex-policial rodoviário é suspeito de pedir dinheiro em troca de liberação de carga de contrabando
Policiais federais deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão (Foto: reprodução)
Um ex-policial rodoviário de Rio Preto está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de fazer parte de esquema de cobrança de propina para liberação de veículos apreendidos com cigarro de contrabando do Paraguai. Nesta quarta-feira, 10, os agentes foram até a casa dele para cumprir mandado de busca e apreensão e levá-lo para prestar depoimento.
A investigação faz parte da terceira fase da Operação Nepsis, que tem o objetivo de obter provas referentes ao pagamento de propinas a um suposto núcleo de policiais rodoviário militares, descoberto a partir da apreensão de celulares da organização criminosa desmantelada na primeira fase da Operação, deflagrada em 22 de setembro do ano passado.
Policiais federais deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã.
As investigações apontam negociações que indicam o pagamento de valores entre R$ 70 mil e R$ 120 mil por mês ao suposto grupo de policiais para permitir o escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai por rodovias paulistas, sendo que o pagamento era negociado por um ex-policial, já expulso da corporação.
A organização criminosa investigada na Operação Nepsis formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do estratagema criminoso.
Os envolvidos responderão na medida de suas participações pelos crimes de corrupção (ativa e passiva), tráfico de influência e formação de organização criminosa.