Queda do dólar e aquecimento da economia elevam volume de produtos importados no primeiro trimestre em Rio Preto
O dólar nesse patamar está atraindo um número maior de empresários interessados em importar (Foto: Ricardo Botelhor/Ministério da Infraestrutura/Divulgação)
O volume de importação e exportação realizada no primeiro trimestre em Rio Preto mostra um aquecimento da balança comercial local. De acordo com dados divulgados pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio) Exterior e Serviços, no acumulado até março deste ano, as importações somaram US$ 46,27 milhões. Alta de 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram importados US$ 32,8 milhões em produtos. O volume de exportações também cresceu.
Segundo especialistas, entre as razões para a alta está da taxa de câmbio, que começou a cair em 2022. “A queda do dólar ajudou muito para que os números crescessem. Quanto menor estiver o dólar, mais gente vai se interessar em importar”, explica o despachante aduaneiro Paulo Narcizo, da Caribbean Express.
Na última sexta-feira, (8) a moeda norte-americana fechou em queda de 0,66%, a R$ 4,7094. Nesta mesma data do ano passado, o dólar comercial era vendido por R$ 5,7343 – diferença superior a R$ 1,00. “O dólar nesse patamar está atraindo um número maior de empresários interessados em importar”, completa Narcizo.
Mantendo uma tendência dos últimos anos, a predominância das importações é de peixes frescos ou refrigerados, num total de 46%. Em seguida, aparecem materiais elétricos (painéis solares e equipamentos células fotovoltaicas), num total de 28%. Produtos diversos para indústrias químicas, com 3,6%.
Apesar de ocupar a segunda posição, a importação de equipamentos para instalação de placas solares se destaca no período por apresentar uma variação de 81% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Além da baixa do dólar, a prorrogação da legislação vigente que concede benefícios para quem gera energia a partir do sol motivou aumento na procura.
“Temos recebido muitos pedidos para importação de painéis solares. O preço da energia elétrica continua caro e está motivando a procura de indústrias e empresas”, destaca Narcizo. No ano passado, Rio Preto ocupou a primeira posição entre as cidades do estado de São Paulo que mais instalaram unidades geradores de energia solar. Em um ano, o município mais que dobrou a potência instalada - passando de 11.623,51 kilowatts (kW) em 2020 parra 25.784,44 kW em 2021.
Exportação
No primeiro trimestre de 2022 as vendas para o exterior totalizaram US$ 6,5 milhões, o que representa uma alta de 30% em relação aos US$ 5 milhões nos três primeiros meses de 2021. O resultado deste ano é superior, inclusive, ao registrado no mesmo período de 2020 - início da crise provocada pela pandemia mundial do coronavírus, quando foram exportados US$ 4,3 milhões.
Segundo o levantamento, o destaque ficou por conta das partes automotivas, com 32%, seguindo por preparações capilares (17%) e móveis residenciais (9,7%). A lista de países que mais compram das empresas de Rio Preto são Chile (28%) e Estados Unidos (25%) e Portugal (5,1%).
*Com Informações do jornal
Diário da Região