Na região de Votuporanga, manifestantes chegaram a colocar fogo em pneus para bloquear a BR-153, em Rio Preto, no início da manhã
Após a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), produtores rurais e caminhoneiros realizam manifestações (Foto: Arquivo Pessoal)
Agência Estado
Desde a noite deste domingo (30), após a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), produtores rurais e caminhoneiros realizam manifestações e interditam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que há bloqueios e aglomerações em rodovias em pelo menos 11 Estados e no Distrito Federal (DF). São eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.
"A PRF segue atenta, monitorando todas as ocorrências e com efetivo empregado na tarefa de garantir fluxo viário normal a todos os cidadãos", disse a PRF.
Rio Preto
Um dos bloqueios ocorreu no km 51 da BR-153, em Rio Preto, onde manifestantes chegaram a colocar fogo em pneus para fechar a rodovia nos dois sentidos. Segundo a PRF, a via já foi liberada, mas chegou a ter cinco quilômetros de congestionamento.
"Em ambos os locais a manifestação foi pacífica e as equipes da PRF atuaram para garantir a segurança, visando evitar com que houvesse animosidade entre os manifestantes e as pessoas paradas no trânsito. Não registramos episódios de agressividade e o trabalho da PRF resultou na liberação total da via", informou a PRF, em nota.
Santa Catarina
A concessionária Arteris confirmou que caminhoneiros bloqueiam as duas rodovias federais administradas por ela em SC. Na BR-101, a paralisação provoca lentidão de até 13 km. Já na BR 116, o protesto ocorre no km 7 de Mafra e gera filas de até 7 km.
Na BR-101, há quatro pontos de bloqueio que impedem o tráfego nos dois sentidos da rodovia, tanto em direção a Porto Alegre, quanto a caminho de Curitiba. Na altura do km 24,5, em Joinville, as manifestações provocam filas de 5 km. Em Palhoça, no km 216, e em Itajaí, no km 116, as filas chegam a 3 km. No sentido Porto Alegre, caminhoneiros também bloqueiam o km 5, em Garuva, onde há o maior ponto de lentidão, com 13 km.
Segundo a companhia, a Polícia Rodoviária Federal conduz as negociações com os manifestantes e, caso solicite apoio operacional, a Arteris pode estruturar uma rota alternativa para desvios .