Daniel Marques
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Caso do acaso ou destino? O fato é que a história do casal votuporanguense Alício e Samanta é bem peculiar, já que eles compartilham não apenas uma vida repleta de amor, mas também uma data de nascimento. Nascidos no mesmo dia, em 1980, ano bissexto, a história desses dois é tão única quanto encantadora.

A saga de Alício Pereira Júnior e Samanta Queçada Pereira, que residem no Jardim Marin, em Votuporanga, começou há quase duas décadas, quando se conheceram e perceberam a curiosa coincidência de compartilharem o mesmo dia de nascimento. “Hoje para nós é normal, faz praticamente 20 anos que estamos juntos, e a gente já se acostumou, porém é bem legal, é bom que a gente comemora junto”, brincou o marido.

Ambos possuem certidões de nascimento datadas de 29 de fevereiro de 1980. Alício veio ao mundo de manhã, às 6h, no antigo Hospital Santa Catarina, enquanto Samanta nasceu à tarde, na Santa Casa. Embora nos anos não bissextos eles celebrem seus aniversários no dia 28 de fevereiro, há uma pequena ambiguidade sobre as felicitações, com alguns amigos e familiares optando pelo dia 28 e outros pelo dia 1º de março. No entanto, eles preferem comemorar no dia 28 por ser dentro do mês de fevereiro.

Os primeiros encontros foram marcados por risadas e a surpresa ao descobrir a peculiaridade de suas datas de nascimento. “Quando o assunto foi a data de nascimento, e a gente falou um para o outro, foi engraçado, porque, assim de primeira, foi um susto, e até duvidamos, então cada um mostrou seu RG e confirmamos. Foi bem interessante", relembra o esposo.

Embora Alício não seja particularmente supersticioso, ele reconhece a mão do destino nessa singularidade. “Além de tudo, trabalhamos em áreas ligadas, já que eu sou professor de educação física e ela é fisioterapeuta”, observou.

Para Samanta, a coincidência vai além de mera casualidade. “Eu acredito muito que Deus coloca as pessoas certas na vida da gente. Nós só não podemos cantar que nossos destinos foram traçados na maternidade porque nascemos em hospitais diferentes”, sorriu.

No entanto, essa conexão especial não é apenas sobre datas de nascimento, é também apoio mútuo. Samanta revela que costumava sentir uma certa frustração com as felicitações tardias em seu aniversário.

“Eu batia o pé falando que nasci em fevereiro, então eu não aceitava e gostava de comemorar no dia 28. Como falei, Deus encaminha a pessoa certa para a vida da gente, e o Alício nunca ligou muito para a questão da data, então me ajudou a deixar pra lá, me ajudando a resolver essa questão da frustração que eu carregava", falou. O fruto do amor dos dois é o filho Cauã Queçada Pereira, de 5 anos, que não nasceu no dia 29 de fevereiro. As pessoas que nascem em ano bissexto costumam brincar que só contam os aniversários nesses anos, assim Alício e Samanta teriam somente 11 anos.

A história de Alício e Samanta é uma prova de que o amor verdadeiro encontra seu caminho, mesmo que seja através de coincidências tão extraordinárias quanto o compartilhamento de uma data de nascimento única.