Diogo Mendes Vicentini explica que Votuporanga sofre as consequências da política nacional, mas ainda está bem posicionada
Leidiane Sabino
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Crise, este foi um dos principais assuntos deste ano. A situação política e econômica do país refletiu na baixa geração de empregos e freou o crescimento dos municípios. Em Votuporanga, a situação não é diferente, a crescente alcançada ao longo dos últimos anos não foi percebida em 2015, mesmo assim, para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini, o município conseguiu sobreviver bem ao ano de 2015.
“Estamos trabalhando bem, perdemos algumas vagas de emprego na indústria de transporte e comércio, mas conseguimos passar por este período sem graves consequências”, disse.
Diogo declarou ainda que o comércio tem perdido vendas para a internet e também precisa se preparar para a chegada do shopping. “Cinquenta mil pessoas estão trabalhando enquanto o comércio está com as portas abertas. É mais que a hora de encontrar um horário alternativo para conseguir aumentar as vendas e manter os empregos nesta área. A principal meta de um sindicato deve ser manter o trabalhador no serviço e, por isso, precisam estudar esta questão do horário”.
Sobre a indústria de transporte, Diogo disse que a queda de empregos na área deve-se à política nacional. “O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) cortou financiamentos, assim não tem como vender”, falou.
O secretário destacou que o município tem feito o seu papel de buscar novas empresas para a cidade, mas sabe que o momento não é favorável e a há a possibilidade de ser ainda um pouco mais difícil em 2016.
“O que podemos oferecer para estas empresas é a qualidade de vida que a cidade proporciona, com bons índices em educação e saúde”, disse Diogo.
Para mostrar que a cidade tem caminhado mesmo com a crise, Diogo apresentou que em 2015 foram abertas 663 empresas em Votuporanga e fechadas 205.
O secretário ainda destacou o Índice Firjan referente ao ano de 2013, divulgado recentemente, ele aponta Votuporanga na sétima posição entre as melhores cidades para se viver no país e no quinto lugar no estado de São Paulo, ficando atrás apenas de São José do Rio Preto, Indaiatuba, São Caetano do Sul e Vinhedo.
No índice divulgado no ano passado, Votuporanga estava na sexta posição nacional. Para Diogo não houve uma queda de posição do município. “Na verdade, outros municípios conseguiram crescer e melhoraram também suas posições. Manter-se entre os primeiros é muito mais difícil”, disse.
O Firjan de 2013 coloca ainda Votuporanga em 227° lugar em saúde no país e 37° no estado. Em educação, a cidade fica em 99° no nacional e 90° no estadual. Já em emprego e renda, 106° no nacional e 19° no estadual.
“Mesmo com as dificuldades que também enfrentamos, estamos em um cenário positivo diante de outros municípios. Começamos a receber uma boa quantidade de redes por causa do poder de compra do votuporanguense. Nosso histórico é bom. O problema, na verdade, é a política nacional, o governo cortou empréstimos, aumentou juros e a gente trabalha tentando oferecer uma cidade diferenciada para quem vive aqui e quem deseja investir”, finalizou o secretário.