Andressa Aoki
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Os casos de catapora estão reduzindo em Votuporanga. Segundo informações da Vigilância Epidemiológica, o surto que ocorreu no começo do mês de agosto foi contido com a vacinação de crianças de nove meses a cinco anos de idade em alguns Cemeis (Centros de Educação Municipal de Ensino Infantil). A redução é de cerca de 30%.
Em meados de agosto, a Secretaria de Saúde realizou a vacinação nos bairros Pozzobon, Parque das Nações, Pró-Povo e São João. O Ministério da Saúde enviou a Votuporanga 580 doses por causa do surto na cidade. A vacina em questão não faz parte do calendário básico de vacinação, sendo encontrada somente em clínicas privadas.
De janeiro até ontem, foram registrados 594 casos da doença. Embora a situação esteja controlada, é preciso que as mães fiquem atentas. "Na maioria dos casos, a catapora ou varicela é uma doença benigna, acontece que como qualquer doença infecto-contagiosa quando o paciente apresenta um problema de saúde de base ou defesa baixa, em estágio mais frágil, tem um risco maior de preocupação. A gente sabe que paciente que tem HIV, se adquire qualquer doença tem potencial de complicação muito maior. Não tem necessidade da população ficar alarmada porque é benigna", disse o médico infectologista da Vigilância Epidemiológica, Jucival Fernandes, em entrevista ao jornal A Cidade.
A catapora ou varicela é uma doença infectocontagiosa, provocada pelo vírus varicela-zóster, altamente transmissível. Ela é comum em crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, podendo evoluir para óbito quando acomete adultos e pessoas com imunodeficiência.
Entre os principais sintomas estão bolhas dolorosas e febre moderada, além de pequenas lesões. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pela secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro, tosse) de um indivíduo infectado ou pelo contato direto com o líquido das vesículas.
Todas as pessoas que apresentam manifestações clínicas compatíveis com varicela (catapora) devem ser avaliadas pelo médico tão logo possível. A consulta inicial, além de possibilitar a confirmação ou não da suspeita clínica por profissional habilitado, que pode ser encontrado nas Unidades de Saúde e nas sedes do Programa Saúde da Família (PSF), permite avaliar a necessidade de intervenção terapêutica específica.
Para reduzir o risco de infecção bacteriana na pele, principalmente em crianças, as unhas devem ser cortadas para evitar traumatismo durante o ato de coçar.
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