De acordo com o Ministério da Saúde, são identificados cerca de 150 mil casos de Ceratocone por ano em todo o Brasil
Paulo Tadeu Komatso é médico oftalmologista responsável pelo Centro de Referência do Olho Komatsu de Votuporanga (Reprodução)
Lara Giolo
Estagiária sob supervisão
lara@acidadevotuporanga.com.br
O mês de junho é conhecido mundialmente como o período de conscientização sobre o Ceratocone. O Ceratocone é uma doença da córnea que aumenta a curvatura de forma irregular e uma das principais causas é o hábito de coçar os olhos. Apesar de rara, é considerado um problema grave e que pode levar à cegueira, diferentemente de muitas doenças oftalmológicas.
Silenciosa, ela provoca o afinamento da córnea, fazendo com que ela assuma o formato de um cone. Segundo o Ministério da Saúde, são identificados cerca de 150 mil casos por ano no Brasil. Por ter origem genética e hereditária, não existem maneiras de prevenir seu surgimento, mas é possível controlar sua evolução.
De acordo com Paulo Tadeu Komatsu, médico responsável pela clínica Centro de Referência do Olho Komatsu de Votuporanga, o Ceratocone causa um astigmatismo irregular, um tipo de astigmatismo que não é corrigido com óculos, apenas com uma lente na córnea para corrigir a curvatura da mesma.
O profissional esclareceu que, na maioria dos casos, os primeiros sintomas costumam surgir na adolescência, sendo um dos principais a perda da visão.
Atualmente, existem diferentes técnicas de tratamento para a correção do problema, que garantem maior comodidade ao paciente. Nos casos mais agressivos, que afetam 25% dos enfermos, pode ser necessário o transplante de córnea.