Enfermeira Haline Morato, proprietária da Clínica Protege em Votuporanga, explicou que ato beneficiaria indiretamente quem não pode tomar a vacina do SUS agora
Enfermeira Haline Morato, proprietária da Clínica Protege em Votuporanga, falou sobre a importância da vacina contra Covid-19 liberada na rede pública (Foto: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
A vacinação contra a Covid-19 já começou no SUS (Sistema Único de Saúde). Já em clínicas particulares, ainda não há uma previsão oficial de quando conseguirão comprar lotes das vacinas que forem aprovadas no Brasil.
"Eu sei que a nossa clínica vai ter a vacina, mas ainda não temos uma data [para isso]", disse a enfermeira Haline Morato, proprietária da Clínica Protege, em Votuporanga. Ela explicou que, no momento, a prioridade na distribuição das vacinas é o SUS
Na rede pública de saúde, a campanha de imunização está na fase um. Na prática, isso significa que os grupos prioritários são: profissionais da saúde, idosos (com 60 anos ou mais) que residem em asilos, pessoas com deficiência que estão institucionalizadas e população indígena aldeada.
Todo mundo que fizer parte desses grupos prioritários pode tomar a primeira dose da CoronaVac, que é a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês SinoVac.
Em entrevista ao jornal A Cidade, a enfermeira ressaltou a importância das pessoas aproveitarem essa chance e tomarem a vacina do SUS.
"A vacina que foi liberada pela rede pública [a CoronaVac] é segura e é importantíssimo que as pessoas que puderem tomar a vacina, realmente tomem. Porque as pessoas que não têm direito a vacina [neste primeiro momento] acabam se beneficiando indiretamente", explicou.
'Efeito rebanho'
A enfermeira Haline explicou à redação que esse benefício indireto se dá por conta do "efeito rebanho". Esse termo faz referência a uma técnica de imunização em que uma determinada parcela da população se torna imune a uma doença, ou seja, desenvolvem anticorpos contra o agente causador da doença. As pessoas imunizadas acabam agindo como uma barreira, protegendo a população. Mesmo aqueles que ainda não são imunes.
Ela também ressaltou a importância de todos continuarem tomando os cuidados e precauções recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que são: manter o isolamento social, higienizar as mãos sempre que possível (com sabão ou álcool em gel), usar máscara em lugares públicos e evitar aglomerações.
Negociações
A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que negociava com o laboratório indiano Bharat Biotech a compra de cinco milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19, no começo deste ano.
Tratava-se da Covaxin, que teve seu uso emergencial aprovado na Índia mas ainda aguarda a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil. O laboratório deve entrar com o pedido de registro do imunizante no órgão em fevereiro.
Nesta semana, o governo da Índia liberou as exportações comerciais para o Brasil de doses da vacina desenvolvidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. Essas estão sendo fabricadas no Instituto Serum, da Índia.
Previsões
Para o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, num cenário otimista a vacina Covaxin deve estar disponível nas clínicas particulares do Brasil na segunda quinzena de março.
De acordo com a Anvisa, a autorização do uso emergencial dos imunizantes contra a Covid-19 é temporária e prioriza a rede pública. Mas o órgão ressaltou que não há impedimento de que um laboratório também apresente um pedido emergencial para vender a vacina à rede particular.
Serviço
A Clínica Protege Vacinas e Cuidados de Votuporanga fica localizada na rua Sergipe, 3348. Os telefones para contato são: (17) 3422-9157 e (17) 9 9747-5492. O Instagram é: @protegecuidados.
Para quem é de Fernandópolis, a Protege Vacinas e Cuidados também está com uma unidade na Avenida Manoel Marques Rosa, 911. Os telefones são: (17) 9 9781-8481 e (17) 9 9747-5492. O Instagram é: @protegeunidadefernandopolis.