De acordo com a Pasta, até o momento, não houve o registro de nenhum paciente contaminado e nem com suspeita de ter contraído a doença por meio de uma das variantes do vírus
O sinal de alerta foi aceso em todo o país justamente porque essa variante foi uma das responsáveis por levar Manaus (AM) ao colapso (Imagem: Reprodução/Pixabay)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
As novas cepas do coronavírus, que já foram identificadas em pelo menos oito estados e centenas de cidades em todo o país, ainda não chegaram a Votuporanga. Pelo menos é o que informou a Secretaria Municipal da Saúde ao ser questionada pelo jornal
A Cidade.
De acordo com a Pasta, até o momento, não houve o registro de nenhum paciente contaminado e nem com suspeita de ter contraído a doença por meio de uma das variantes do vírus, que tanto tem preocupado as autoridades de saúde no Brasil.
A situação mais preocupante no Estado, aliás, é a de Araraquara, cidade que fica a 247 quilômetros de Votuporanga e está em lockdown desde o último dia 21. Por lá, a estimativa é de que 85% do vírus circulante seja da nova cepa, que é chamada de P1. De cada 20 amostras enviadas para análise, 17 foram positivadas para a nova variante.
O sinal de alerta foi aceso em todo o país justamente porque essa variante foi uma das responsáveis por levar Manaus (AM) ao colapso e agora está fazendo o mesmo com Araraquara.
Mutação
No caso da mutação de Manaus, as mudanças ocorreram nos genes que codificam a espícula (spike), uma estrutura que fica na superfície do vírus e permite que ele invada células do nosso corpo, tornando-o mais infeccioso.
A P1 é derivada de uma das variantes predominantes no País, a B.1.1.28. O potencial de transmissão dela pode ser maior por causa da mutação N501Y, presente nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul.
Outra mutação que causa preocupação nas autoridades é a E484K. Estudos apontam que ela consegue escapar de anticorpos, podendo causar novas infecções e atrapalhando o desempenho das vacinas.
Ainda não se sabe o real potencial dessa variante, mas os relatos clínicos de médicos que estão atuando em Manaus dão conta de que a deterioração dos pacientes é maior e mais rápida.