Dr. Ernesto Hoffmann ressaltou que a maior proteção é evitar contato com as pessoas
Médico enumerou os cuidados necessários, especialmente neste momento crítico de pandemia (Foto: Santa Casa de Votuporanga)
O Médico de Família e Comunidade do SanSaúde, Dr. Ernesto Hoffmann, enumerou os cuidados necessários, especialmente neste momento crítico de pandemia. “A maior proteção é evitar o contato com as pessoas. A Covid-19 pode sobreviver em superfícies e no ar, porém com tempo de resistência menor do que quando no corpo de uma pessoa. Assim sendo, o maior contágio é sempre entre indivíduo e indivíduo, seja por respirarmos ar contaminado pelos vírus eliminados no ar pela própria respiração, tosse ou espirros de contaminados ou por contato com a pele de quem está doente”, explicou.
Sintomas
O quadro de Covid-19 pode se apresentar desde formas assintomáticas (pessoa portando o vírus e o transmitindo, porém sem sentir nada naquele momento), passando por formas leves até graves. “Geralmente, os sintomas são: tosse, espirros, dor de garganta, dores no corpo, perda de olfato e do paladar e febre. Nem todos precisam estar presentes, mas pelo menos alguns devem se apresentar conjuntamente para que possamos dizer que é um caso suspeito”, explicou.
Alguns casos, apresentam diarreia associada. “Os primeiros sintomas suspeitos de quadros graves são febre alta, fraqueza corporal intensa e falta de ar. A nova variante possui sintomas semelhantes, porém evolui para quadros de gravidade com maior velocidade e também em população mais jovem”, complementou.
Quando procurar o atendimento?
Quando surgirem sintomas suspeitos. Isto permitirá uma melhor orientação, como por exemplo como proceder com o isolamento dentro de casa, medicamentos a serem utilizados, como reconhecer e o que fazer no caso de sinais de gravidade.
Uso de máscara
Ele alertou quanto ao uso de máscara. “Deve sempre cobrir a boca e o nariz. Deixar um dos dois descobertos possibilita a entrada de vírus em nosso corpo, perdendo a efetividade do método”, disse.
Dr. Ernesto comentou ainda sobre os tipos de máscara. “As de pano são de fato menos efetivas, porém são mais disponíveis e mais fáceis de se utilizar do que as mais recomendadas N95 e PFF2, que são os equipamentos em uso pelos profissionais de saúde em atendimento direto de pacientes com casos suspeitos”, afirmou.
Recentemente, surgiram unidades feitas de plástico transparente, as quais comprovadamente não protegem contra a transmissão de vírus. “Estudos recentes comprovaram também que utilizar duas máscaras pode ser mais efetivo do que apenas uma (por exemplo, uma cirúrgica por baixo e uma de pano por cima), mas também pode ser menos confortável. O mais importante é se proteger corretamente”, enfatizou.
Compras em casa
Sempre que estiver com outras pessoas, é imprescindível o uso de máscara, além de evitar o toque. “As compras devem ter suas superfícies higienizadas e, após terminar de guarda-las, se faz necessário higienizarmos novamente as mãos e qualquer outra parte do corpo que tenha feito contato nos produtos”, disse Dr. Ernesto.
Trabalho
De preferência, todo e qualquer trabalho que possa ser exercido na forma de Home Office/Teletrabalho deve ser realizado desta forma. “Quando isto não for possível, as medidas a serem realizadas são as mesmas a serem praticadas em qualquer local público. Qualquer sala dividida com outro profissional deve respeitar entre 1,5m - 2,0m de distanciamento; uso de máscara se faz obrigatório em todos os locais em que haja presença de outras pessoas; a higienização das mãos deve ser frequente, com água e sabonete ou com álcool gel e sempre após entrar em contato com objetos/materiais que não sejam de uso próprio seu. Todo equipamento que não seja de uso somente daquele mesmo profissional deve ser higienizado novamente antes do início do turno de trabalho.
Limpeza
Todo produto químico com finalidade de limpeza pode ter algum grau de agressão às pessoas. A inalação ou o contato com a pele podem causar alergias ou irritação. “Assim, utilize estes itens com toalhas descartáveis ou panos direcionados somente a esta finalidade e deixar os mesmos longe do contato da pessoa, em área separada, após seu uso”, contou.
O médico ressaltou que a higienização com álcool 70% também pode ser feita, bem menos agressiva. “Mas, ainda assim, pode causar ressecamento da pele se em contato com a mesma. Os ambientes devem ser sempre arejados, não por conta de permitir uma secagem mais rápida deste produto na sala em uso, mas também é sabido que ambientes arejados permitem uma menor propagação do vírus”, frisou.