Graciano gravou um áudio reclamando sobre o atendimento, que viralizou nas redes sociais no fim de semana
Áudio gravado por pastor reclamando do protocolo de atendimento no 'Hospital de Campanha' viralizou nas redes sociais (Foto: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
O pastor conhecido como Toninho Graciano, da Igreja Pentecostal Formosa, reclamou sobre o protocolo de atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que tem funcionado como uma espécie de hospital de campanha para pacientes com suspeita e confirmados de Covid-19 em Votuporanga.
Graciano gravou um áudio reclamando sobre o atendimento, que viralizou nas redes sociais no fim de semana. Nele, o pastor conta que ele e sua família tiveram suspeita de Covid-19 e foram até a UPA, onde uma médica prescreveu Dipirona, Paracetamol, Nimesulida, Ambroxmel (xarope) e sais para reidratação oral.
"No mesmo dia, eu procurei um médico particular. Ele nos receitou o tratamento precoce adequado, no meu ponto de vista. Ele passou a Azitromicina, Cloroquina, zinco, vitamina D, Prednisona, Annita e Invermectina. Chegamos em casa e já entramos com o tratamento precoce", conta o pastor no áudio.
Para Graciano, esse tratamento precoce deveria ter sido recomendado no atendimento na UPA. Isso, segundo ele, contribuiria para que casos da doença não piorassem a ponto de a pessoa precisar ser internada na ala Covid da Santa Casa do município.
"Se lá no UPA você chega com sintomas de Covid, te passam paracetamol e esperam piorar para depois procurar atendimento e mandar para a Santa Casa, pode aumentar o corredor da Santa Casa. Pode pegar esse corredor e descer com ele sentido cemitério, lá para baixo, que já vai ficando perto. Porque isso é um absurdo", disse o pastor.
Atendimento
Graciano também conta, no seu áudio, que questionou a médica se não seria mais adequado receitar Azitromicina, Invermectina e os demais medicamentos do tratamento precoce. Segundo ele, a doutora respondeu que os remédios que tinha receitado para a sua família eram o protocolo do "Hospital de Campanha".
"Então se o protocolo de Votuporanga é esse e não pode ser mudado porque não existe comprovação científica de que o tratamento precoce não vai curar ou ajudar, também não tem comprovação científica que mata. E nós temos uma doença no meio do caminho que está matando. O que a gente vai fazer?", questiona o pastor.
Após passarem em consulta particular com outro médico e começarem a tomar os medicamentos do tratamento precoce, Graciano diz que ele e sua família apresentaram melhoras no que considerou serem sintomas da Covid.
Os resultados dos testes que ele e sua família fizeram de Covid-19 ainda não saíram.
Outro lado
Procurada pelo jornal
A Cidade, a Prefeitura informou, em nota, que a prescrição medicamentosa é um ato médico.
“Desta forma, cada profissional é responsável pela conduta adotada no atendimento de seus pacientes. Porém, a Prefeitura já tem na rede os medicamentos necessários para a assistência precoce, caso seja a opção do médico, e está trabalhando para adquirir outros itens”, informou, por meio da assessoria de imprensa.