A família da pequena Sofia da Silva venceu uma grande batalha. O governo federal anunciou que depositou, na terça-feira, dia 17, R$ 2,2 milhões em conta judicial, destinada ao custeio do transporte e transplante visceral nos Estados Unidos da bebê, de cinco meses. Antes desta liberação, com uma campanha na internet, seus pais começaram a arrecadar dinheiro depois que descobriram que era tinha a Síndrome de Berdon. Milhares de pessoas em todo o país se mobilizaram, inclusive em Votuporanga. Com a ajuda do governo federal, tudo muda. Depois de finalizado o tratamento da menina, será definido para quais crianças em situações parecidas à de Sofia, será destinado o recurso arrecadado por meio de doações.
A liberação do dinheiro foi feita em cumprimento à decisão do Tribunal Federal da 3ª Região. O Ministério da Saúde providenciou a cotação do voo de UTI aérea e a emissão de passaportes da criança e acompanhante em 72 horas.
A expectativa agora é que ela e a família embarquem hoje para a cidade de Miami, no Estado da Flórida, onde Sofia será internada no Jackson Memorial Hospital.
A família da pequena Sofia da Silva vive em Votorantim-SP. De acordo com o pai, Gilson Gonçalves da Silva, desde o quinto mês de gestação a família descobriu que a criança tinha uma deformidade na bexiga. Algum tempo depois, ela foi diagnosticada com Síndrome de Berdon, uma rara doença que provoca problemas no intestino, na bexiga e no estômago. No caso de Sofia, esses órgãos não funcionam.
O parto da mãe, Patrícia de Lacerda, foi em um hospital de Campinas-SP, onde a menina continua internada. Segundo ela, que já perdeu um filho, um cirurgião explicou que é possível fazer um transplante nos Estados Unidos, mas o custo pode variar entre US$ 200 mil a US$ 600 mil dólares (mais de R$ 1 milhão), fora as despesas da viagem.
Sofia já passou por três cirurgias desde que nasceu, mas precisa do atendimento especializado, que só pode ser feito nos Estados Unidos.
Síndrome de Berdon
A bebê Sofia sofre da Síndrome de Berdon desde que nasceu, no dia 24 de dezembro do ano passado. É uma doença rara que a impede de fazer a digestão e que já está desenvolvendo problemas com o fígado. Nos Estados Unidos, ela será submetida a um transplante multivisceral, ou seja, de vários órgãos. No momento, ela está internada em Sorocaba, no Hospital Samaritano.