"A televisão perdeu o critério. Você não sabe diferenciar um programa de auditório de um programa de humor, as pessoas fazem de tudo e não percebem o quão ridícula é essa busca pela audiência", afirmou Tatá Werneck em entrevista. No palco, em frente a uma plateia, a comediante não tem limites e faz, ao lado de Porchat, até o que não é tão agradável assim. “Eu beijei o João Kléber. Não me orgulho disso, mas beijei o João Kléber. Tive em mente que se faz tudo pela audiência, vale tudo”, diz ela, sobre um episódio que ainda não foi ao ar e traz como convidado um dos mestres da apelação da TV brasileira.
No primeiro programa, o funkeiro Naldo foi o participante da vez. Ele teve que encarar quadros como o Kama Surta, sobre sexo, e o Frita o Pastel, paródia do Pra Quem Você Tira o Chapéu, uma das marcas registradas do apresentador Raul Gil. No palco de Tudo pela Audiência, Naldo deveria escolher se tirava ou não pastéis de plástico colados no corpo de uma modelo – seminua, claro. "Nós usamos quadros clássicos e colocamos algo a mais. A Banheira do Gugu, por exemplo, é com anões lutando no mel", conta Tatá.
Desafio - A abundância de referências a programas que não cansam de repetir fórmulas de sucesso parece ter dado certo à dupla de comediantes. A hashtag #TudoPelaAudiência ficou em primeiro lugar na lista de assuntos mais comentados do Twitter durante a exibição do primeiro episódio e por mais de meia hora depois de seu fim. Porchat e Tatá, conhecidos como humoristas que fazem rir com pouco, conseguiram mostrar a que vieram na estreia da atração, mas devem encarar um desafio até o final da temporada de 22 episódios: manter o interesse por um universo que, sozinho, já cansou o público.
Com informações de: Veja.com.br