Rita de Cássia, professora há 17 anos, descobriu o câncer de mama no ano passado e conta como os alunos a ajudaram
Isabela Jardinetti
A professora Rita de Cássia Medeiros Borges, de 50 anos, dedica sua vida há 17 anos a dar aulas. No ano passado, descobriu um câncer de mama, e percebeu nos alunos o maior apoio que poderia receber.
“Sempre dei aula, e quando descobri a doença não quis parar de trabalhar. Tive muito apoio dos meus alunos, e achava que isso não poderia brecar a minha vida, então segui em frente”, contou.
O tratamento de Rita começou no ano passado e terminou em junho deste ano, ela disse que trabalhar a ajudava ainda mais em sua recuperação.
“Acredito na educação como o único caminho para melhorar o país e na evolução do ser humano. O meu papel é ensinar um pouco do que sei a quem precisa aprender”.
Carreira
“Comecei a dar aulas em 1997, em Campinas, como professora substituta na disciplina de inglês em uma escola do estado. No ano seguinte já prestei o concurso e me efetivei”, contou.
No ano de 2001, Rita se mudou com o marido Wilson Borges e a filha Giovana para Votuporanga. O casal queria uma vida mais tranquila para criar a filha, que era pequena.
“Foi muito boa a mudança, e ai que comecei a me dedicar ainda mais às aulas e aos estudos. Em 2008 comecei outra etapa da minha carreira, que foi dar aulas na Faculdade Futura”.
Hoje, Rita passa a manhã e a tarde dando aulas de inglês no estado. A noite leciona português, administração e no curso de Pedagogia, na qual também é coordenadora na faculdade.
Formada em Letras/Inglês pela PUC, e com mestrado em educação pela Unesp, Rita diz que não quer parar por ai.
“Sinto que ainda tenho muito gás, e nem penso em aposentadoria por enquanto. Sempre falo para os alunos que o conhecimento é a chave da liberdade, e é ela que nos direciona para o sucesso”.