Todo o material utilizado na decoração foi reaproveitado de eventos anteriores ou recuperado do lixo
Votuporanga já começou a ser enfeitada com as decorações natalinas. Porém, as ruas Amazonas e Pernambuco, como tradicionalmente recebiam as peças todos os anos todos os anos, não vão ter os artefatos em 2014. Todos os espaços estarão prontos até o dia 8 de dezembro e ficarão disponíveis para visitação até o dia 4 de janeiro de 2015.
As instalações foram inspiradas em temas de filme. Na área central da cidade ficarão expostas a Árvore de Natal e outras árvores customizadas na Praça da Matriz; Atlântida - a cidade perdida e o trenó na fonte luminosa; a Terra do Nunca, árvore Avatar e o Presépio na Praça Cívica; o Escritório do Papai Noel na Escola Municipal de Artes e o Vídeo mapeamento na fachada de um prédio no Calçadão. E na estação ferroviária foi montada a Vila do Papai Noel.
Com o tema Brisas de Natal, a decoração este ano sugere reflexões sobre o uso do espaço público e utiliza como referência a Teoria da Deriva, um estudo do pensador francês Guy Debord, que analisava ações do ambiente urbano nas condições emocionais das pessoas e postulava que “partindo de um lugar comum e permitindo que o meio urbano crie os caminhos, a cidade pode ser tornar um espaço de libertação”.
Todo o material utilizado na decoração foi reaproveitado de eventos anteriores ou recuperado do lixo. “Utilizamos como base os 5Rs, que envolvem o refletir sobre o consumo; recusar materiais que não sejam biodegradáveis; reduzir para evitar o desperdício; reutilizar e reaproveitar determinados objetos para outras funções e reciclar e transformar materiais usados em novos produtos”, destacou ainda Zamora, responsável pelo projeto.
A montagem instiga o cidadão a transitar pela cidade, reconhecer e descobrir Votuporanga com a proposta de um novo olhar sobre a geografia urbana. “Tendo como inspiração referências fantásticas de filmes, contos e imaginário popular em diálogo com o período natalino, a decoração é composta de ‘espaços cenográficos’, na área central e estação ferroviária, que reúnem elementos da tradição, contemporaneidade, cotidiano e provocam certo estranhamento, despertando no cidadão a capacidade, e necessidade de imaginar, liberar a criança interior e se permitir levar pela fantasia, o sonho e o jogo de possibilidades”, explicou Zamora.