Escrita por João Emanuel Carneiro, a nova novela substituirá “Babilônia”, no final de agosto
“Babilônia” não agradou e a Globo tomou a sábia decisão de encurtar a trama, por isso, João Emanuel Carneiro recebeu a incumbência de escrever “A Regra do Jogo”, a nova trama que estreia no fim de agosto.
As gravações da nova novela das nove foram iniciadas no final de maio, em locações externas no Rio de Janeiro, cidade que ambienta a história. A trama será contada de forma realista e isso está sendo colocado em prática na maneira como a diretora de núcleo, Amora Mautner, e sua equipe de diretores estão conduzindo todas as cenas.
Sequências de ação, cenas que emocionam e fazem rir, diálogos reveladores, encontros surpreendentes e imagens estonteantes, eis o resultado das cenas gravadas.
A trama, que tem no suspense, no amor e no humor seus pontos fortes, é contemporânea, o que pode ser observado também nos figurinos. Atena, personagem de Giovanna Antonelli, aposta em peças de grifes e em roupas de boa qualidade. Já a exuberante Adisabeba, vivida por Susana Vieira, traz em seu figurino muita cor e sensualidade.
Assaltar um banco é perdoável? E furar a fila do mercado? E comprar produtos sem pagar impostos? O tema em questão é: qual a sua regra nesse jogo? Qual o limite entre o certo e o errado, entre o bem e o mal? Em “A Regra do Jogo”, a trajetória dos personagens coloca à prova questões que envolvem, especialmente, a ética, os valores e os limites de cada um.
O protagonista dessa história é Romero Rômulo (Alexandre Nero). Por enquanto, basta saber que esse ex-vereador tem uma vida menos óbvia do que aparenta ser. Ele é um herói do povo, que se apresenta desta forma e faz por onde as pessoas acreditarem nisso. Nesta lista está seu filho adotivo, Dante (Marco Pigossi), policial que dedica ao pai uma confiança incondicional. A especialidade de Romero é reintegrar à sociedade pessoas marginalizadas, especialmente ex-criminosos. Romero é um homem de vida e hábitos simples, aparentemente... O carro não é dos melhores e o apartamento onde vive, na zona sul do Rio de Janeiro, é bem mais ou menos. É nesta região da cidade onde parte da trama acontece, onde há ricos, decadentes, honestos, deslumbrados e aqueles que, apenas, conseguem sobreviver. Atena é uma delas. Não é rica, mas quer ser. Para isso, faz uso da lei do menor esforço. É uma estelionatária. Gasta na medida em que rouba. Atena entra na vida de Romero quer ele queira ou não. Mas ela entra e fica.
O coração da novela pulsa lá no alto, no Morro da Macaca. Uma comunidade idealizada, um lugar que deu certo.
Vem de lá os personagens que cruzam a vida de Romero. Ou melhor, gente que guarda em si a explicação para ele ser o que ele é. Tudo começa pela honesta e trabalhadora Tóia (Vanessa Giácomo). Os destinos dela e de Romero se encontram na delegacia. Ela, apesar de não ser criminosa, não foi presa injustamente. Ele, como não é novidade para ninguém, se apresenta como o benfeitor que garante a liberdade de Tóia. Manobra que sai caro para Djanira (Cássia Kis Magro), mãe de criação da jovem. É que Djanira é quem mais conhece Romero, talvez a única que saiba do que a sua essência é feita.
Djanira também criou Juliano (Cauã Reymond), que está envolvido até o pescoço nessas relações. Ele namora Tóia e não vê Romero com bons olhos. A indisposição entre os dois passa por questões pessoais e por Zé Maria (Tony Ramos), um homem que tem o paradeiro tão nebuloso quanto a sua ficha corrida. Foi Zé Maria quem pôs fim na amizade entre Djanira e Adisabeba (Susana Vieira), a rainha da comunidade.