Uma das novidades desta nova temporada da série escrita por Miguel Falabella é uma funerária/pastelaria criada por chineses que se estabelecem no Irajá
Muitos achavam improvável que a Globo colocaria mais uma temporada de “Pé na Cova” no ar, mas o improvável aconteceu. Nesta terça, logo após “Mister Brau”, estreia a quarta temporada da série escrita e estrelada pelo talentoso Miguel Falabella. “A identificação do público vem, basicamente, por ser a comédia da tolerância. Em que todos são bem-vindos, aceitos, e olhados na sua humanidade. Os personagens são bizarros, fora dos padrões, mas são gente. E o olhar que se lança sobre os personagens é um olhar de humanidade mesmo”, conta Falabella, sobre a receita de sucesso de “Pé na Cova”.
As principais novidades ficam por conta dos eventos que movimentam a trama nesta nova temporada, como o grande casamento de Alessanderson (Daniel Torres) e Luiziane (Laura Keller), no primeiro episódio. As equipes de cenografia e produção de arte trabalharam em conjunto para criar uma festa crível e visual.
A antiga funerária de Abigail (Lorena Comparato) e Clécio (Magno Bandarz) também vira uma curiosidade à parte durante o seriado. “Nesta temporada, com a Santa Abigail falida, uma família de chineses se apropria do espaço e coloca uma funerária e uma pastelaria chinesa sob o mesmo teto. O cenário final é engraçadíssimo”, conta o cenógrafo Keller Veiga.
Não há dor nem problema no mundo que não possa ser amenizado com uma boa dose de humor e imaginação. Em sua quarta temporada “Pé na Cova” traz as transformações e situações ainda mais inusitadas da turma mais cativante e excêntrica que o bairro do Irajá produziu. O seriado de Miguel Falabella tem direção-geral de Cininha de Paula e traz à tela não só o universo idílico e lírico do subúrbio carioca, palco de esquisitices e diversidade, mas também da tolerância de quem não leva a vida (e a morte!) tão a sério. “De forma fantasiosa e poética, ‘Pé na Cova’ é a comédia da tolerância. Mostra que, no fundo, ninguém gosta de ter preconceitos”, afirma Miguel Falabella.
Após Clécio e Abigail falirem a funerária Santa Abigail, Ruço, com pena do casal, resolve abrigar a ex-mulher e o “ex-filho” trambiqueiro em casa. Só que a boa ação não agrada a família.
Alessanderson, filho mais novo de Ruço e Darlene (Marília Pêra), então deputado, continua com ambições a um bom cargo político e decide se casar com Luiziane para ganhar a confiança do eleitorado.
A globalização chegou com tudo no Irajá. A concorrência da F.U.I (Funerária Unidos do Irajá) passa a ser internacional e quase desleal. Um grupo de chineses aproveita o embargo na justiça para o funcionamento da Santa Abigail e promove uma invasão ao Irajá. Como uma estratégia de guerrilha, eles se apropriam da loja e abrem uma pastelaria/funerária no bairro, caindo nas graças da vizinhança.
Desesperado, o patriarca da família Pereira tem a brilhante ideia de driblar a concorrência com a criação de enterros customizados.
Ruço precisa mesmo ganhar dinheiro. Afinal, Odete Roitman se aposenta da profissão de stripper para se dedicar aos filhos, Sermancino (Gabriel Lima) e Heleninha, e ao marido Tamanco (Mart’nália). Odete se cansa da exibição na Internet e, para o seu lugar, a loira convoca Abigail, que surpreende no pole dance e faz crescer os lucros do site.