O espetáculo da dançarina espanhola “Touché” será na Praça Cívica, a partir das 10h; performance mistura dança e dramaturgia
A dançarina espanhola Victoria Miranda é uma das atrações do Fórum Internacional de Dança do Estado de São Paulo – Fidesp hoje, dia 6 de novembro. O espetáculo “Touché” será apresentado na Praça Cívica, a partir das 10h.
“Touché” é uma performance que mistura dança e dramaturgia, onde a bailarina mostra, de uma forma interativa, as possibilidades físicas do corpo do artista, encantando o público que se surpreende pela maneira com que ela trabalha os exercícios corporais. Em cena, Victoria usa uma máscara com a proposta de, ao se esconder, mostrar o medo de se relacionar e de se comunicar que as pessoas têm uma com as outras.
Em seguida, é a vez do grupo ExPressão, de Votuporanga, que fará sua apresentação “O Protesto”. Trata-se de um espetáculo de dança contemporânea inspirado na situação política do Brasil e nos manifestos pró e contra o sistema, sem necessidade de tomar partido de algum dos lados, apenas como reflexão cidadã por meio da arte.
O coreógrafo Maykol Cruz fala da importância de participar do Fórum. “O Fidesp é uma plataforma que ajudará a dar visibilidade ao trabalho da companhia não apenas no estado como nacional e internacionalmente”, disse. Fechando a programação da sexta-feira, a artista Zilda Arali percorrerá as ruas do centro da cidade apresentando a performance “S.O.P.A”, com um figurino composto por 800 sacolas de plásticos, que representa o número de sacos que uma pessoa utiliza durante um ano.
Biografia
Victoria P. Miranda nasceu na Espanha e deu seus primeiros passos no mundo da dança com sete anos. Com 16 anos, Victoria obteve uma bolsa de estudo em Nova York, onde estudou por três anos na Merce Cunningham Studio. Durante esta estadia teve a oportunidade de assistir e desenvolver suas pesquisas em outras classes técnicas como Martha Graham, Limón e Horton.
Depois de concluir este período de treinamento nos Estados Unidos, ela retornou à Europa em 1997, para Londres, onde frequentou aulas no The Place.
Em 1998, ela foi admitida na Escola Superior de Dança Contemporânea CNDC L[aspinha]Esquisse Angers (França), onde se formou em 2000. No mesmo ano, Victoria entrou para a Companhia Danza Provisória, Carmen Werner, com sede em Madrid. Trabalhou como dançarina e como assistente de coreógrafo, bem como colaborando em mais de 20 projetos diferentes, incluindo Dança Vertical (“Los hombres también mueven paredes” ...), Ruas peças (“Hazme daño que me encanta”, “Calle 4 “...) e performances teatrais (“ Piel “,” Matar el 9 “...), divulgado não só na Europa, mas na América Central e do Sul, além da Ásia.
Em 2003, Victoria criou seu primeiro próprio trabalho: “Caer um peso”, um solo de dança que ela apresentou na Europa (Espanha) e América do Sul (Chile e Venezuela). Depois, ela criou mais dois solos: “KO não OK”, e “El ultimo domingo de octubre”, ambos apresentados na Europa (Espanha, Grécia) e América do Sul (Chile, Brasil, México). Destaque para duas co-produções internacionais, onde era bailarina e assistente, um com Aoyama Theater (Japão) “O fim Hiroshima” em 2005 e a Turquia “Devuelveme mi beso” em 2006. Juntamente com Carmen Werner coreografou um dueto: “Te voy a echar de menos” em 2007.
Em Provisória Danza, ela foi convidada a dar workshops e aulas de dança contemporânea em diferentes escolas de dança e empresas em Espanha. Desde então Victoria continuou, pesquisando e inovando em sua própria maneira de ensinar. Hoje em dia, está envolvida na criação “Carne cruda”, um dueto com Maura Morales, e trabalhando em um novo projeto, uma co-produção com Cocoon Dance Company (Alemanha) e Co.ERASGA Dança Contemporânea (Canadá).