Em uma trama ficcional, o autor Mario Teixeira pretende contar a história de Joaquina, herdeira do mártir da Inconfidência Mineira
A Globo vai estrear sua nova programação em abril e “Liberdade, Liberdade” é a grande aposta da emissora para o horário das onze da noite. As gravações da nova trama já estão bem adiantadas e as cenas prometem conquistar os telespectadores fãs dos folhetins. O enredo vai viajar no tempo e voltar ao Brasil do Século XVIII, mais precisamente em Vila Rica na capitania de Minas Gerais. A história começa no período da Inconfidência Mineira, de Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes –, e se desenvolve na época em que a família real portuguesa vem para a colônia, nas Américas. Mas não se engane. Esta não é mais uma história sobre Tiradentes, figura que marcou o país. Esta é uma história ficcional sobre Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), a filha de Tiradentes (Tiago Lacerda) e Antônia (Leticia Sabatella). A menina nascida no Brasil, que fica órfã e é criada por um amável estranho em Portugal. Ao longo da trama, ela retorna ao Brasil, onde seus pais morreram para se tornar o símbolo da luta contra a coroa portuguesa.
A novela está sendo escrita por Mario Teixeira baseada em argumento de Marcia Prates e tem direção artística de Vinicius Coimbra. Depois das primeiras leituras de texto e preparação do elenco, nos Estúdios Globo, cerca de 90 pessoas viajaram para Diamantina, Minas Gerais, onde deram início às gravações das primeiras cenas que acontecem em meio às belezas naturais, nos entornos da cidade, como a Gruta do Salitre, a Estrada Real e o Cânion do Funil, pontos turísticos da região. Thiago Lacerda, Dalton Vigh, Mel Maia, Zezé Polessa, Marco Ricca e Nikolas Antunes estão gravando cenas da primeira fase da novela.
Para o início das gravações, três caminhões e quatro vans saíram do Rio de Janeiro com equipamentos técnicos e itens de cenografia e produção de arte. A equipe de figurino, liderada por Paula Carneiro, levou oito araras e quatro caixas grandes com roupas e acessórios como luvas, chapéus e botas. Já a equipe de caracterização, comandada por Lucila Robirosa, transportou cinco cases repletos de itens para ajudar a “conduzir” o elenco e figuração para o Século XVIII.
Após a morte de Tiradentes e de Antônia, Joaquina (Mel Maia) é resgatada por Raposo (Dalton Vigh), até então simpatizante pela luta dos inconfidentes. Ao ver a pequena testemunhar a morte do próprio pai, ele se compadece de seu sofrimento e assume sua criação. Juntos, eles embarcam para Portugal. Lá, a menina passa a se chamar Rosa, para despistar os que ainda perseguiam os inconfidentes e desprezavam seus descendentes. Em terras lusitanas, Raposo a cria como filha e ensina à Rosa tudo que sabe. Ele vê a menina se tornar sua imagem e semelhança: forte, decidida, imponente. Apenas com uma diferença: ela é sonhadora como o pai. Pode até se chamar Rosa, mas a alma é de Joaquina, mesmo sangue de Joaquim José da Silva Xavier. Apesar de um dia ter apoiado a luta dos inconfidentes, Raposo deve tudo que tem à coroa portuguesa. Tornou-se um importante fidalgo pelas riquezas que adquiriu ao longo dos anos junto à família real. Anos depois, quando os nobres vêm para terras brasileiras, ele se sente na obrigação de voltar ao país.
A chegada de Raposo ao Rio de Janeiro chama a atenção de todos, e não é só pelo seu porte robusto. Ele está acompanhado do filho André (Caio Blat), um belo jovem rapaz que desperta nas mães o desejo de casamento para suas filhas ainda solteiras; de Bertoleza (Sheron Menezes), negra alforriada criada como filha, e que, portanto, é uma fidalga; e de Joaquina. Eles seguem para Vila Rica ao encontro de Dionísia (Maitê Proença), irmã de Raposo. É ela a responsável pela preservação dos bens do irmão no Brasil enquanto ele residia em Portugal. A senhora ama a família, mas teme que atrapalhem o cotidiano tão bem estabelecido da residência. Não sem razão, pois a chegada de Joaquina (Andreia Horta) desperta a curiosidade de amigos e inimigos. Primeiro pela beleza única.
Rosa, ou Joaquina, desperta os sentimentos de muitos pela ousadia, bravura e beleza. É no Brasil que ela se confronta com sua história ao descobrir mais sobre o pai biológico, sobre os inconfidentes, sobre as diferenças sociais e as agressões aos menos afortunados. É em sua terra natal que ela também descobre sobre o amor, a luta e as consequências que as escolhas têm na vida de uma pessoa.
“Liberdade, Liberdade” tem tudo para agradar ao público e se tornar um grande sucesso.