Em entrevista coletiva, Fernando Anitelli, a “mente” por trás do grupo, falou sobre o novo álbum, sobre a Virada Cultural e sobre a situação atual da política
Aline Ruiz
O Teatro Mágico não é mais novidade em Votuporanga, já que a apresentação na Virada Cultural no último sábado (21) foi a terceira do grupo na cidade. Milhares de pessoas compareceram na Concha Acústica e assistiram a mais um belíssimo show da trupe, que apresentou músicas de seu novo álbum “Allehop” e também canções antigas que nunca caem no gosto dos fãs como “O Anjo Mais Velho”. Em entrevista coletiva, Fernando Anitelli, a “mente” por trás do grupo, falou sobre o novo álbum, sobre a Virada Cultural e sobre a situação atual da política.
Sobre o novo álbum, a principal diferença dos outros, segundo Fernando, é que O Teatro Mágico sempre teve uma trajetória muito orgânica, acústica, e agora está experimentando algo mais eletrônico. “É um álbum festivo com pegada, com pulsação, com pressão, colorido, pra cima. Eu acho que em meio a tanta violência, tanto machismo, fascismo, homofobia, trazer uma palavra que tenha essa qualidade, esse tempero, é algo de relevância. Essa é a ideia do “Allehop”, disse
Tocar em uma Virada Cultural tem lá as suas diferenças, já que a presença de pessoas que não conhecem a banda é muito comum. “A dinâmica dos shows é diferente, o tempo é menor, então a gente traz pra virada uma síntese do que é O Teatro Mágico, tocando canções do novo álbum e, é claro, sucessos dos outros”, comentou Anitelli.
Para finalizar, Fernando comentou sobre o atual momento político do país, assunto que voltou a frisar durante a apresentação na Concha Acústica. “Penso que estamos vivendo um momento muito difícil, um momento que temos que orquestrar e parar de bipolarizar esse negócio de azul e vermelho, a gente deveria juntar essas forças e falar, unificar as pautas para tentar fazer o Brasil um país melhor”, finalizou.